terça-feira, 4 de agosto de 2009

Viva em paz

Você é membro da família universal. A importância que se atribui ou não, tem a dimensão que você lhe dá.

Porque não é o centro da vida, despreocupe-se em relação aos outros. Não se importe se é ou não amado; se lhe oferecem ou não bondade; se é aceito ou rejeitado.

Quando alguém usar de violência ou de generosidade em relação a você, descarte qualquer merecimento nessa ocorrência. Você é somente pretexto para que o próximo se desvele.

Quando alguém o agrida ou o ame, a si próprio se violenta ou se estima. Você é apenas o móvel daquela manifestação que está latente nele. Não fosse você e aquela exteriorização seria dirigida a outrem. Por isso, não se agaste com ninguém ou coisa nenhuma.

Quando você se irrita ou se pacifica com uma pessoa, ela foi só o motivo da sua realidade íntima, que então se irradia do seu mundo interior. Trabalhe-se intimamente, domando as suas paixões de qualquer espécie. Auto-analise-se com severidade.

O que você vê fora resulta do que você cultiva por dentro. O conceito que você supõe que os outros fazem a seu respeito é o conceito que você faz de si mesmo.

Ao compreender que tudo é conforme a sua própria realidade e que você deve melhorar-se sem a presunção de modificar os outros, você principiará a viver em paz, sem que lhe atinjam o elogio ou a calúnia, o apoio ou a repressão...

Você faz parte da vida e é vida em desdobramento na direção da Vida plena. Assuma o seu papel e execute a sua parte, na esfera do seu autoburilamento espiritual.


De “Luz Viva”, de Divaldo Pereira Franco

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