quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O desespero é uma doença

O desespero é uma doença. E um povo desesperado,lesado por dificuldades enormes, pode enlouquecer, como qualquer indivíduo. Ele pode perder o seu próprio discernimento.

Isso é lamentável, mas pode-se dizer que tudo decorre da ausência de educação, principalmente de formação religiosa.


Chico Xavier

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ofença

Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor...

Magoar alguém é terrível!...


Chico Xavier

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Críticas dirigidas a você

Emmanuel sempre me ensinou assim:

-“Chico, se as críticas dirigidas a você são verdadeiras, não reclame; se não são, não ligue para elas...


Chico Xavier

domingo, 27 de setembro de 2009

Elogios

Sempre recebi os elogios como incentivos dos amigos para que eu venha a ser o que tenho consciência de que ainda não sou...


Chico Xavier

sábado, 26 de setembro de 2009

Devemos orar pelos políticos

Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles.

A omissão de quem pode e não auxilia o povo, é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira.

Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na Terra em lastimável situação na Vida Espiritual...


Chico Xavier

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Bens materiais

Sabemos que precisamos de certos recursos, mas o Senhor não nos ensinou a pedir o pão, mais dois carros, mais um avião...

Não precisamos de tanta coisa para colocar tanta carga em cima de nós. Podemos ser chamados hoje à Vida Espiritual...


Chico Xavier

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O exemplo

O exemplo é uma força que repercute, de maneira imediata, longe ou perto de nós...

Não podemos nos responsabilizar pelo que os outros fazem de suas vidas; cada qual é livre para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram atitudes, seja no bem quanto no mal.


Chico Xavier

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Religião

Nunca quis mudar a religião de ninguém, porque, positivamente, não acredito que a religião a seja melhor que a religião b...

Nas origens de toda religião cristã está o Pensamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem seguir o Evangelho...

Se Allan Kardec tivesse escrito que “fora do Espiritismo não há salvação”, eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu “Fora da Caridade”, ou seja, fora do Amor não há salvação...


Chico Xavier

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Não julgar

Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento: Não julgar, definitivamente não julgar a quem quer que seja.

Chico Xavier

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Agradeço as dificuldades

Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar...

As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito.


Chico Xavier

domingo, 20 de setembro de 2009

A doença

A doença é uma espécie de escoadouro de nossas imperfeições; inconscientemente, o espírito quer jogar para fora o que lhe seja estranho ao próprio psiquismo...

Na realidade, toda doença no corpo é processo de cura para a alma...


Chico Xavier

sábado, 19 de setembro de 2009

Tudo o que pudermos fazer no bem

Tudo o que pudermos fazer no bem, não devemos adiar...

Carecemos somar esforços, criando, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha às forças do mal...

Ninguém tem o direito de se omitir.


Chico Xavier

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Reencarnação

Sem a idéia da reencarnação, sinceramente, com todo respeito às demais religiões, eu não vejo uma explicação sensata, inclusive, para a existência de Deus.


Chico Xavier

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Espíritos Amigos

Os Espíritos Amigos sempre mostram disposição de nos auxiliar, mas é preciso que, pelo menos, lhes ofereçamos uma base...

Muitos ficam na expectativa do socorro do Alto, mas não querem nada com o esforço de renovação; querem que os espíritos se intrometam na sua vida e resolvam seus problemas...

Ora, nem Jesus Cristo, quando veio à Terra, se propôs resolver o problema particular de alguém... Ele se limitou a nos ensinar o caminho, que necessitamos palmilhar por nós mesmos.


Chico Xavier

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tudo que criamos para nós

Tudo que criamos para nós, de que não temos necessidade, se transforma em angústia, em depressão...


Chico Xavier

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Revidar ofensas

Graças a Deus, não me lembro de ter revidado a menor ofensa das inúmeras que sofri, certamente objetivando, todas elas, o meu aprendizado, e não me recordo de que tenha, conscientemente, magoado a quem quer que fosse...


Chico Xavier

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ser justo

Os maus inclinam-se perante a face dos bons, e os perversos junto às portas do justo. Pv. 14:19.

Os maus inclinam-se diante dos bons por respeitarem a força do bem, mesmo que seja no silêncio da consciência. Somente a evolução da alma é capaz de mostrar humildade, reconhecendo a superioridade dos que a possuem.

Ser justo é melhorar as condições do coração para a entrada da paz. O justo é dotado de coragem indomável; não teme o maior inimigo do caminho que é a ignorância porque já venceu a si mesmo.

O perverso não é capaz de encarar face a face o homem de bem; é a inferioridade que o faz abaixar a cabeça e a vergonha o faz impaciente junto ao ser honrado.

Querer ser justo é uma coisa e ser justo é outra bem diferente. Há uma distância imensurável entre uma atitude e uma vivência, no entanto, a força de vontade pode te levar de uma a outra em pouco tempo, pela educação e a disciplina que deves aceitar.

Lembra-te de Deus todos os dias e pede, pela oração, à Sua magnânima assistência, que os Seus agentes de luz dar-te-ão os meios de conquistar os maiores valores que te levam à felicidade.

Qualquer um reconhece a superioridade do homem de bem sem ser preciso ter escolaridade para esta verificação.

Já nascemos com o sentido de compreensão desenvolvido, do certo e do errado. Quem contraria essa inspiração divina, na atmosfera humana, enerva a si mesmo.O Espírito puro continua na sua pureza sem se modificar pela negação do inconseqüente.

Sê grato pelo que recebes dos bons; é provável que a tua sensibilidade não registre a caridade que eles te fazem, no entanto, a bondade desses seres irradia amor para todos.

Os justos são sóis de Deus nos umbrais da Terra. São luzes da luz maior.


De “Gotas de Ouro”, de João Nunes Maia, pelo Espírito Carlos

domingo, 13 de setembro de 2009

Sempre caridade

Ideal seria que não existisse a miséria de qualquer matiz. Sem dúvida, estaríamos no paraíso, fosse a dor expulsa do meio em que nos encontrássemos.

Agradável redundaria o tempo, estivessem as paisagens coloridas de esperança e o espectro da enfermidade não rondasse os nossos passos.

A realidade, porém, é bem outra. Onde quer que o espírito endividado para com a Lei se encontre, aí estarão presentes suas necessidades em caráter de imperiosa cobrança.

E por que se apresentam aflições de toda ordem, não nos cabe refugiar-nos através das evasivas com que muitos se furtam ao dever da solidariedade, da caridade. Diante, pois, dos afligentes problemas que deparas pelo caminho, fazer alguma coisa.

Dispões de milagres de cordialidade ao teu alcance, que podes distribuir sem prejuízos. Muitos corações pensam no auxílio material e recuam considerando-se incapazes de distribuí-lo argumentando que são incontáveis os necessitados...

Outros se referem ao labor moral, ante os infelizes deste ou daquele teor para logo desanimarem em face dos inúmeros dissabores com que se vêem constrangidos arrostar...

Podes e deves fazer alguma coisa. Cada semente de amor que plantes num coração será uma bênção a multiplicar-se e um desditoso a menos.

A dádiva material que ora ajuda e passa é o socorro na horizontal. Não te aflijas pensando que a miséria retornará. Caso nada possas em relação ao futuro, produze em direção do presente.

A lâmpada moral, que acendes no país atormentado de um espírito, será sol emboscado num perene horizonte de luz. Não te preocupes raciocinando que nuvens borrascosas poderão de futuro impedir a claridade.

Ilumina hoje, produzindo na vertical da vida.

A lição de amor pulsante no teu sentimento, que te leva a ajudar, converte-se em mensagem de caridade rutilante que fulgirá a teu próprio benefício, impedindo que a treva do cansaço e da revolta da enfermidade e do desânimo, estabeleça morada no lar do corpo que teu espírito habita transitoriamente.

Caridade, pois, sempre.


Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Celeiro de Bênçãos

sábado, 12 de setembro de 2009

Orgulho

A compulsão de querer controlar a vida alheia é fruto do nosso orgulho.

Para ser bom mestre não é preciso fazer seguidores ou discípulos, nem mesmo possuir cortejos ou comitivas, mas simplesmente fazer com que cada ser descubra em si mesmo o seu próprio guia.

Não devemos ditar nossas regras aos indivíduos, mas fazer com que eles tomem consciência de seus valores internos (senso, emoções e sentimentos) e passem a usá-los sempre que necessário. Essa a função dos que querem ajudar o progresso espiritual dos outros.

Os indivíduos portadores de uma personalidade orgulhosa se apóiam em um princípio de total submissão às regras e costumes sociais, bem como o defendem energicamente.

Utilizam-se de um impetuoso interesse por tudo aquilo que se convencionou chamar de certo ou errado, porque isso lhes proporciona uma fictícia “cartilha do bem”, em que, ao manuseá-la, possam encontrar os instrumentos para manipular e dominar e, assim, se sintam ocupando uma posição de inquestionável autoridade.

Quase sempre se autodenominam “bem-intencionados” e sustentam uma aura de pessoas delicadas, evoluídas e desprendidas, distraindo os indivíduos para que não percebam as expressões sistemáticas que denunciariam suas posturas de severo crítico, policial e disciplinador das consciências.

Nos meios religiosos, os dominadores e orgulhosos agem furtivamente. Não somente representam papéis de virtuosos, como também acreditam que o são, porque ainda não alcançaram a autoconsciência.

Exigem e esperam obediência absoluta, são superpreocupados com exatidão, ordem e disciplina, irritando-se com pequenos gestos que fujam os padrões preestabelecidos.

Possuem uma inclinação compulsiva ao puritanismo, despertando, com isso, simpatia e consideração nas pessoas simplórias e crédulas. Algumas, no entanto, por serem mais avisadas e conscientes, não se deixam enganar, discernindo logo o desajuste emocional.

O capítulo X da segunda parte de “O Livro dos Espíritos” diz respeito a “Ocupações e Missões dos Espíritos”. Dizem os Benfeitores que a missão primordial das almas é a de “melhorarem-se pessoalmente” e, além disso,“concorrerem para a harmonia do Universo, executando as vontades de Deus”.

A autêntica relação de ajuda entre as pessoas consiste em estimular a independência e a individualidade, nada se pedindo em troca. Ninguém deverá ter a pretensão de ser “salvador das almas”.

A compulsão de querer controlar a vida alheia é fruto de nosso orgulho.

O ser amadurecido tem a habilidade perceptiva de diagnosticar os processos pelos quais a evolução age em nós; portanto, não controla, mas sim coopera com o amor e com a liberdade das leis naturais.

Nenhuma pessoa pode realizar a tarefa de outra. As experiências pelas quais passamos em nossa jornada terrena são todas aquelas que mais necessitamos realizar para nosso aprimoramento espiritual.

Muitos de nós convivemos, outros ainda convivem, com indivíduos que tentam cuidar de nosso desenvolvimento espiritual, impondo controle excessivo e disciplina perfeccionista, não respeitando, porém, os limites de nossa compreensão e percepção da vida.

São “censuradores morais”, incapazes de compreender as dificuldades alheias, pois não entendem que cada alma apenas pode amadurecer de acordo com seu potencial interno.

Não se têm notícias de que Jesus Cristo impusesse cobrança ou tivesse promovido convites insistentes ao crescimento das almas. Teve como missão, na Terra, ensinar-nos serenidade e harmonia, para entrarmos em comunhão com “Deus em nós”.

Confiava plenamente no Sábio e Amoroso Poder que dirige o Universo e, portanto, respeitava os objetivos da Natureza, que age no comportamento humano, desenvolvendo-o de muitas maneiras. Sabia que a evolução ocorre de modo inevitável, recebendo ou não ajuda dos homens.

O Mestre entendia que, se combatêssemos e lutássemos contra nossos erros, poderíamos “potencializá-los”. Nunca usava de força e imposição, mas de uma técnica para que pudéssemos desenvolver a “virtude oposta”.

“Mulher, onde estão aqueles teus acusadores” Ninguém te condenou?” E ela disse: “Ninguém, Senhor”. E disse-lhe Jesus: “Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais”.

Não censurou ou criticou a atitude inadequada, mas propiciou o desenvolvimento da autoconfiança, para que ela encontrasse por si mesmo seus valores internos.

Nunca amadureceremos, se deixarmos os outros pensarem por nós e determinarem nossas escolhas.

Não é ajuda real, a que se referia Jesus, a crítica moralista, o desejo de reformar os outros, o controle do que se deve fazer ou não fazer. Antes, tais comportamentos revelam os traços de caráter dos indivíduos orgulhosos e ainda distanciados da autêntica cooperação no processo de evolução – que não os deixam perceber – que ocorre naturalmente na intimidade das criaturas.



Médium: Francisco do Espírito Santo Neto – As dores da alma.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Através da Reencarnação

Fora melhor que não existissem na Terra pedintes e mendigos, na expectativa do agasalho e do pão.

Se é justo deplorar o atraso moral do Planeta que ainda acalenta privação e necessidade, examinemos a nós mesmos, quando nos inclinamos para a ambição desvairada, e verificamos que a penúria, através da reencarnação, é o ensinamento que nos corrige os excessos.

Fora melhor não víssemos mutilados e enfermos, suplicando alívio e remédio.

Se é compreensível lastimar as condições da estância física, que ainda expõe semelhantes quadros de sofrimento, observemos o pesado lastro de animalidade que conservamos no próprio ser e reconheceremos que sem as doenças do corpo, através da reencarnação, seria quase impossível aprimorar as qualidades da alma.

Fora melhor não enxergarmos crianças infelizes, suscitando angústia no lar ou piedade na via pública.

Se é natural comover-nos diante de problemas assim dolorosos, meditemos nos ódios e aversões, conflitos e contendas, que tantas vezes carregamos para além do sepulcro, transformando-nos, depois da morte, em Espíritos vingativos e obsessores, e agradeceremos às Leis Divinas que nos fazem abatidos e pequeninos, através da reencarnação, entregando-nos ao amparo e arbítrio daqueles mesmos irmãos a quem ferimos noutras épocas, afim de que nós, carecentes de tudo na infância, até mesmo da comiseração maternal que nos alimpe e conserve o organismo indefeso, venhamos, por fim, a aprender que a Eterna Sabedoria nos ergueu para o amor imperecível na Vida Triunfante.

Terra bendita! Terra, que tanta vez malsinamos nos dias de infortúnio ou nos momentos de ignorância, nós te agradecemos as dores e as aflições que nos ofereces, por espólio de nossos próprios erros, e rogamos a Deus nos fortaleça os propósitos de reajuste e aperfeiçoamento, para que, um dia, possamos retribuir-te, de algum modo, os benefícios que nos tens prodigalizado, por milênios de milênios, através da reencarnação!...


Texto extraído do livro "Estude e Viva" - André Luiz e Emmanuel
Francisco Cândido Xavier - Waldo Vieira

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Caminhos do coração

Multiplicam-se os caminhos do processo evolutivo, especialmente durante a marcha que se faz no invólucro carnal.

Existem caminhos de boa aparência, que disfarçam dificuldades de acesso e encobrem feridas graves no percurso.

Caminhos curtos e longos, retos e curvos, de ascensão e descida, estão por toda parte, especialmente no campo moral, aguardando ser escolhidos.

Todos eles conduzem a algum lugar, ou se interrompem, ou não levam a parte alguma...

São apenas caminhos: começados, interrompidos, concluídos...

Tens direito de escolher o teu caminho, aquele que deves seguir.

Se possível, opta pelos caminhos do coração.

Eles, certamente, levarão teus anseios e a tua vida ao ponto de luz que brilha à frente esperando por ti.

Os caminhos do coração encontram-se iluminados pelo conhecimento da razão, que lhes clareia o leito, facilitando o percurso.

Jesus escolheu os caminhos do coração para acercar-se das criaturas e chamá-las ao reino dos Céus.

Diante dos variados caminhos que se desdobram convidativos, escolhe os caminhos do coração, qual ovelha mansa, e deixa que o Bom Pastor te conduza ao aprisco pelo qual anelas.


Divaldo Franco
Do livro Momentos de Felicidade

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Tolerância

“O Espírito firme sustém o homem na sua doença, mas o Espírito abatido, quem o pode suportar”? Pv. 18, v. 14

O Espírito desanimado cria mais dificuldades para o seu próprio desenvolvimento. Mesmo que a misericórdia divina lhe proporcione meios de restabelecimento, os problemas crescem ligados a profundas raízes psicológicas.

No entanto, a tolerância dos Espíritos superiores, que trabalham junto à humanidade, vence, com a mão do tempo, os empecilhos, e faz com que o candidato se esforce, abrindo janelas no coração e na mente, por onde possa penetrar a ajuda da luz.

A tolerância, nas medidas certas, é acréscimo do amor que vibra em tudo.

A alma animada, corajosa e cheia de esperança no Senhor, mesmo em duras provas, não sente tanto quanto as aparências demonstram. A desanimada e abatida multiplica por dois o padecimento normal.

A tolerância fecunda está sempre de mãos dadas com o discernimento.

Quando encontrares um companheiro sentindo-se destruído pelo fracasso, não respires com ele essa atmosfera. Procura, pelos meios de que dispões, se possível pela escola de Jesus, transmitir-lhe alegria e otimismo, trabalho e interesse, para a vida e pela vida, sem te esqueceres de que o centro de tudo é o amor.

A tolerância faz parte da caridade, porém não pode esquecer o equilíbrio, para não se tornar em conivência. Visita os espíritos abatidos, enfermos e desesperados, mas com os devidos preparos, para que não venhas a ser um deles.

Em toda conversação existe influência e refluência. A intolerância despreza as oportunidades que a espera oferece.

O intolerante desfaz amizades e fortalece a ignorância.

Todo hospital, e mesmo cada médico, deveria criar um esquema de elevar o ânimo do enfermo, antes de tudo psicologicamente, seja qual for o seu estado, pois é dessa forma que a sua sensibilidade espiritual reage, e o seu campo orgânico desenvolve meios especiais para que os medicamentos e o repouso restabeleçam suas forças, como sendo um milagre.

O clínico nunca deve pensar em desânimo, nem no impossível, à beira do leito. Que o seu todo seja de alegria e de fé; a sua conversa, de ânimo; e o seu coração, de alegria.

Os enfermos por vezes são nervosos. Médicos e enfermeiros, no campo do seu trabalho, jamais devem permitir-se semelhante estado de humor.

E ainda no que concerne à tolerância, ela, no lugar certo, constitui-se na melhor resposta para os decadentes da moral e da doença física.

Quem viaja no mundo cultivando virtudes, acaba na vida brilhando como as estrelas.


De “Tuas Mãos”, de João Nunes Maia, ditado pelo Espírito Carlos

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Por nossa conta e risco

Quando falamos, a partir deste momento tudo corre por nossa conta e risco. A lei de causa e efeito, nos confirma que a semeadura é livre, porém a colheita é obrigatória. Nunca nos esqueçamos que tudo podemos, porém nem tudo nos convém.

A pedra atirada ou a palavra proferida não tem volta, portanto pensemos antes de falar. Vasos quebrados ficam sempre difíceis de ser reconstituídos. Devemos estar atentos para não utilizarmos da maledicência, principalmente, com aqueles que não merecem, e serem execrados por nossas punições injustas...

Também estamos aqui na Terra, pois também somos devedores, e precisamos da indulgencia da Providencia Divina, para perdoar os nossos erros.

Quando estivermos com dor ou raiva, jamais deveremos tomar qualquer atitude, pois invariavelmente, sempre tomamos atitudes erradas, que nos complicarão mais tarde.

Não adianta nos momentos de insensatez, termos condutas impróprias, e ficarmos depois pedindo perdão, pois isto não reverterá o que foi falado. É preciso que antes de agirmos, pensar o que nossa atitude poderá causar a nós e aos outros.

Antes de falarmos qualquer coisa, por menor que seja, devemos encher nossa boca de água, para conter o veneno que poderemos destilar, e que poderá envenenar a nós próprios..

Ledo engano achar que os Amigos Espirituais vão ser coniventes com nossas atitudes intempestivas, e apoiar as medidas que tomamos erradamente, sem que antes venhamos a sofrer as consequencias e pagar pelos erros que praticamos.

Quando nossa cabeça não pensa antes, fatalmente nosso corpo padecerá mais tarde.. Nossa consciência sempre nos cobrará, e ninguém responderá por nossas atitudes.

Lembremo-nos que devemos nos preparar sempre, para enfrentarmos situações difíceis, quando não aproveitamos as oportunidades que nos foram dadas, e nunca esquecer, que tudo que falamos, sempre corre exclusivamente por nossa conta e risco.


Fonte: Gotas de Paz

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Constelação Familiar

A família é a base fundamental sobre a qual se ergue o imenso edifício da sociedade.

No pequeno grupo doméstico inicia-se a experiência da fraternidade universal, ensaiando-se os passos para os nobres cometimentos em favor da construção da sociedade equilibrada.

Em razão disso, toda vez que a família se entibia ou se enfraquece a sociedade experimenta conflitos, abalada nas suas estruturas.

Vive-se, na Terra, destes dias, injustificável agressão à constelação familiar, defluente dos transtornos e insatisfações que tomam as mentes e os corações juvenis.

O ser humano é estruturalmente constituído para viver em família, a fim de desenvolver os sublimes conteúdos psíquicos que lhe jazem adormecidos, aguardando os estímulos da convivência no lar, para liberá-los e sublimar-se.

Há, em todas as formas de vida, essa energia divina que, no ser humano, apresenta-se em forma de consciência, de discernimento, de razão, de amor, de sabedoria.

Na família, esse nobre sentimento encontra campo fértil para desenvolver-se, felicitando os seres frágeis que reiniciam a jornada, bem como aqueles que lhes constituem a segurança.

Por essas e muitas outras razões, a constelação familiar jamais desaparecerá da sociedade terrestre, dando lugar ao enfermiço egoísmo, pelo contrário, superando-o com beleza espiritual.


Divaldo Franco

domingo, 6 de setembro de 2009

Reforma Íntima

Quanto puderes, posterga a prática do mal até o momento que possas vencer essa força doentia que te empurra para o abismo.

Provocado pela perversidade, que campeia a solta, age em silêncio, mediante a oração que te resguarda na tranqüilidade.

Espicaçado pelos desejos inferiores, que grassam, estimulados pela onde crescente do erotismo e da vulgaridade, gasta as tuas energias excedentes na atividade fraternal.

Empurrado para o campeonato da competição, na área da violência, estuga o passo e reflexiona, assumindo a postura da resistência passiva.

Desconsiderado nos anseios nobres do teu sentimento, cultiva a paciência e aguarda a bênção do tempo que tudo vence.

Acoimado pela injustiça ou sitiado pela calúnia, prossegue no compromisso abraçado, sem desânimo, confiando no valor do bem.

Aturdido pela compulsão do desforço cruel, considera o teu agressor como infeliz amigo que se compraz na perturbação.

Desestimulado no lar, e sensibilizado por outros afetos, renova a paisagem familiar e tenta salvar a construção moral doméstica abalada.

É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores. Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, a requeimarem por dentro, passados os primeiros momentos.

Ninguém foge aos desafios da vida, que são técnicas de avaliação moral para os candidatos à felicidade.

O homem revela sabedoria e prudência, no momento do exame, quando está convidado à demonstração das conquistas realizadas.

Parentes difíceis, amigos ingratos, companheiros inescrupulosos, co-idealistas insensíveis, conhecidos descuidados, não são acontecimentos fortuitos, no teu episódio reencarnacionista.

Cada um se movimenta, no mundo, no campo onde as possibilidades melhores estão colocadas para o seu crescimento. Nem sempre se recebe o que se merece. Antes, são propiciados os recursos para mais amplas e graves conquistas, que darão resultados mais valiosos.

Assim, aprende a controlar as tuas más inclinações e adia o teu momento infeliz.

Lograrás vencer a violência interior que te propele para o mal, se perseverares na luta.

Sempre que surja oportunidade, faze o bem, por mais insignificante que te pareça. Gera o momento de ser útil e aproveita-o.

Não aguardes pelas realizações retumbantes, nem te detenhas esperando as horas de glorificação.

Para quem está honestamente interessado na reforma íntima, cada instante lhe faculta conquistas que investe no futuro, lapidando-se e melhorando-se sem cansaço.

Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício.

Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.

Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer.

A tua reforma íntima te concederá a paz por que anelas e a felicidade que desejas.

sábado, 5 de setembro de 2009

Vida em Família

Os filhos não são cópias xerox dos pais, que apenas produzem o corpo, graças aos mecanismos do atavismo biológico.

As heranças e parecenças físicas são decorrências dos gametas, no entanto, o caráter, a inteligência e o sentimento procedem do Espírito que se corporifica pela reencarnação, sem maior dependência dos vínculos genéticos com os progenitores.

Atados por compromissos anteriores, retornam, ao lar, não somente aqueles seres a quem se ama, senão aque¬loutros a quem se deve ou que estão com dívidas....

Cobradores empedernidos surgem na forma fisiológica, renteando com o devedor, utilizando-se do processo supe¬rior das Leis de Deus para o reajuste de contas, no qual, não poucas vezes, se complicam as situações, por indis¬posições dos consortes...

Adversários reaparecem como membros da família para receber amor, no entanto, na batalha das afinidades pade¬cem campanhas de perseguição inconsciente, experimen¬tando o pesado ônus da antipatia e da animosidade.

A família é, antes de tudo, um laboratório de experiên¬cias reparadoras, na qual a felicidade e a dor se alternam, programando a paz futura.

Nem é o grupo da bênção, nem o élan da desdita. Antes é a escola de aprendizagem e redenção futura.

Irmãos que se amam, ou se detestam, pais que se digladiam no proscênio doméstico, genitores que destacam uns filhos em detrimento dos outros, ou filhos que agridem ou amparam pais, são Espíritos em processo de evolução, retornando ao palco da vida física para a encenação da peça em que fracassaram, no passado.

A vida é incessante, e a família carnal são experiências transitórias em programação que objetiva a família universal.

Abençoa, desse modo, com a paciência e o perdão, o filho ingrato e calceta. Compreende com ternura o genitor atormentado que te não corresponde às aspirações.

Desculpa o esposo irresponsável ou a companheira leviana, perseverando ao seu lado, mesmo que o ser a quem te vinculas queira ir-se adiante. Não o retenhas com amarras de ódio ou de ressenti¬mento. Irá além, sim, no entanto, prossegue tu, fiel, no posto, e amando...

Não te creias responsável direto na provação que te abate ante o filho limitado, física ou mentalmente. Tu e ele sois comprometidos perante os códigos Divinos pelo pretérito espiritual.

O teu corpo lhe ofereceu os elementos com que se apresenta, porém, foi ele, o ser espiritual, quem modelou a roupagem na qual comparece para o compromisso libertador. Ante o filhinho deficiente não te inculpes.

Ama-o mais e completa-lhe as limitações com os teus recursos, preen¬chendo os vazios que ele experimenta. Suas carências são abençoados mecanismos de cresci¬mento eterno. Faze por ele, hoje, o que descuidaste antes.

A vida em família é oportunidade sublime que não deve ser descuidada ou malbaratada. Com muita propriedade e irretorquível sabedoria, afir¬mou Jesus, ao doutor da Lei: “Ninguém entrará no reino dos céus, se não nascer de novo...

E a Doutrina Espírita estabelece com segurança: “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre — é a lei. Fora da caridade não há salvação.”

Joanna de Ângelis

S.O.S. FAMÍLIA DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO POR JOANNA DE ÂNGELIS E DIVERSOS ESPÍRITOS

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Doutrina espírita

Toda crença é respeitável. No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita, não lhe negues fidelidade. Toda religião é sublime. No entanto, só a Doutrina Espírita consegue explicar-te os fenômenos mediúnicos em que toda religião se baseia.

Toda religião é santa nas intenções. No entanto, só a Doutrina Espírita pode guiar-te na solução dos problemas do destino e da dor. Toda religião auxilia.

No entanto, só a Doutrina Espírita é capaz de exonerar-te do pavor ilusório do inferno, que apenas subsiste na consciência culpada. Toda religião é conforto na morte. No entanto, só a Doutrina Espírita é suscetível de descerrar a continuidade da vida, além do sepulcro.

Toda religião apregoa o bem como preço do paraíso aos seus profitentes. No entanto, só a Doutrina Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever. Toda religião exorciza os Espíritos infelizes.

No entanto, só a Doutrina Espírita se dispõe a abraçá-los, como a doentes, neles reconhecendo as próprias criaturas humanas desencarnadas, em outras faixas de evolução. Toda religião educa sempre.

No entanto, só a Doutrina Espírita é aquela em que se permite o livre exame, com o sentimento livre de compressões dogmáticas, para que a fé contemple a razão, face a face. Toda religião fala de penas e recompensas.

No entanto, só a Doutrina Espírita elucida que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina. Toda religião erguida em princípios nobres, mesmo as que vigem nos outros continentes, embora nos pareçam estranhas, guardam a essência cristã.

No entanto, só a Doutrina Espírita nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretação do Evangelho. Porque a Doutrina Espírita é em si a liberdade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula.

Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento. “Espírita” deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda.

“Espírita” deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências. “Espírita” deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo.

“Espírita” deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.

Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo. E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos. Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas.

EMMANUEL - Psic. F. C. Xavier - Livro “Religião dos Espíritos” Ed. FEB.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Amor

O amor é a substância criadora e mantenedora do Universo, constituído por essência divina. É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se reparte. Mais se agiganta, na razão que mais se doa.

Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia. Nunca perece, porque não se entibia nem se enfraquece, desde que sua força reside no ato mesmo de doar-se, de tornar-se vida.

Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica, o amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver.

É imbatível, porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes e ciladas. Quando aparente - de caráter sensualista, que busca apenas o prazer imediato - se debilita e se envenena, ou se entorpece, dando lugar à frustração.

Quando real, estruturado e maduro - que espera, estimula, renova - não se satura, é sempre novo e ideal, harmônico, sem altibaixos emocionais.

Une as pessoas, porque reúne as almas, identifica-as no prazer geral da fraternidade, alimenta o corpo e dulcifica o eu profundo.

O prazer legítimo decorre do amor pleno, gerador da felicidade, enquanto o comum é devorador de energias e de formação angustiante.

O amor atravessa diferentes fases: o infantil, que tem caráter possessivo, o juvenil, que se expressa pela insegurança, e o maduro, pacificador, que se entrega sem reservas e faz-se plenificador.

Há um período em que se expressa como compensação, na fase intermediária entre a insegurança e a plenificação, quando dá e recebe, procurando liberar-se da consciência de culpa.

O estado de prazer difere daquele de plenitude, em razão de o primeiro ser fugaz, enquanto o segundo é permanente, mesmo que sob a injunção de relativas aflições e problemas-desafios que podem e devem ser vencidos.

Somente o amor real consegue distingui-los e os pode unir quando se apresentem esporádicos. A ambição, a posse, a inquietação geradora de insegurança - ciúme, incerteza, ansiedade afetiva, cobrança de carinhos e atenções -, a necessidade de ser amado caracterizam o estágio do amor infantil.

Obsessivo, dominador, que pensa exclusivamente em si antes que no ser amado. A confiança, suave-doce e tranqüila, a alegria natural e sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão dinâmica, a não-posse, não-dependência, não-exigência, são benesses do amor pleno, pacificador, imorredouro.

Mesmo que se modifiquem os quadros existenciais, que se alteram as manifestações da afetividade do ser amado, o amor permanece libertador, confiante, indestrutível.

Nunca se impõe, porque é espontâneo como a própria vida e irradia-se mimetizando, contagiando de júbilos e de paz. Expande-se como um perfume que impregna, agradável, suavemente, porque não é agressivo nem embriagador ou apaixonado...

O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratificações que o amado oferece. O amor deve ser sempre o ponto de partida de todas as aspirações e a etapa final de todos os anelos humanos.

O clímax do amor se encontra naquele sentimento que Jesus ofereceu à Humanidade e prossegue doando, na sua condição de Amante não amado.


Psicografia: Divaldo Pereira Franco

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Bombeiros de Deus

Temos diversas formas de auxiliar:suprimir a penúria, estender a beneficência, criar a generosidadeconsolar o sofrimento.

Existe porém, uma delas ao alcance de todos e que pode ser largamente exercida em qualquer lugar : o donativo dacalma nos momentos atribulados da vida. Recorda os bens espirituais que consegues distribuir e não marginalizes semelhante recurso.

Diante de reclamações e críticas, usa a tolerância que estabeleça a harmonia possível entre acusados e acusadores, recebendo injúrias e ofensas, silencia e esquece os desequilíbrios de que porventura te fizeste vítima, sustando calamidades da delinquência, perante a agressividade exagerada de alguém, guarda a serenidade que balsamize coraçõese pacifique ambientes, encontrando veículos de discórdia, emprega o entendimento que afaste choques e conflitoscapazes de suscitar azedume e perturbação.

Em qualquer lance difícil da existência, dispões da possibilidade de atuar beneficamente com os recursos da bondade eda compreensão que entretecem a garantia da paz.

Lembra a faísca lançada impensadamente quando se transforma em fogo descontrolado e devorador.

Qualquer criatura, quando se mostre agindo sem noção de responsabilidade pode gerar incêndios lamentáveis, destruindo os mais altos valores da vida.Por isso mesmo, onde estivermos, sejamos nós os bombeiros de Deus.


Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Caminhos de Volta"

terça-feira, 1 de setembro de 2009

À Luz do Espiritismo

A história da Humanidade tem, no livro nobre, seu gloriosos repositório. Em todos os tempos o livro tem sido o condutor das mentes e o mensageiro da vida.

O Mahabharata, que remonta ao século XVI antes de Cristo, narrando as guerras dos Coravas e Pandavas, é o ponto de partida do pensamento lendário da India, apresentando Krishna, no excelente Bagavadgita, a expor a Ardjuna incomparável filosofia mística onde repontam as nobres revelações palingenésicas.

A Bíblia - antigo Testamento - historiando as jornadas de Israel, oferece a concepção sublime do deus Único, Soberano e Senhor de todas as coisas.

Platão, cuja filosofia tem por método a dialética, expondo os pensamentos de Sócrates, seu mestre, nos jardins de Academos, coroa sua obra com a harmoniosa teoria das idéias, afirmando, no memorável "Fédon!, "que viver é recordar" e expressando a cultura haurida no Egito, onde recebera informações sobre a doutrina dos renascimentos.

O Evangelho de Jesus Cristo, traduzido para todos os idiomas e quase todos os dialetos do globo, faz do amor o celeiro de bênçãos da Humanidade.

O Alcorão, redigido após a morte de Maomé e dividido em 114 suratas ou capítulos, constitui a base de toda a civilização muçulmana, fonte única da verdade, do direito, da justiça...

Sem desejarmos reportar-nos à literatura mundial, não podemos, entretanto, esquecer que Agostinho, através das suas Confissões, inaugurando um período novo para o pensamento, abriu as portas para o estudo da personalidade, numa severa autocrítica, e que Tertuliano, com a Apologética, iniciou uma era para o Cristianismo que se mescla, desde então, com dogmas e preceitos que lhe maculam a pureza, através de sutilezas teológicas.

Dante, o florentino, satirizando seus inimigos políticos, apresentou uma visão mediúnica da vida além-túmulo. Monge anônimo sugeriu uma Imitação de Cristo como vereda de sublimação para a alma encarnada...

Nostradamus, astrólogo e médico, escreveu sibilinamente as Centúrias, gravando sua visão profética do futuro.

Camões, com pena de mestre, compôs Os Lusíadas e registra os feitos heróicos de Portugal, repetindo os lances de Flávio Josefo em relação aos judeus e dos historiadores greco-romanos de antes de Jesus Cristo.

Depois do Renascimento, como advento da imprensa, o campo das idéias sofreu impacto violento, graças à força exuberante do livro. Pôde, então, o mundo pensar com mais facilidade.

A Revolução Francesa é o fruto do livro enciclopédico, com ela nascendo as lutas de independência de todo o Novo Continente, inspiradas nas páginas épicas da liberdade.

Artur Schopenhauer, entretanto, sugeriu o suicídio, no seu terrível pessimismo, em Dores do Mundo, enquanto Friedrich Nietzsche, no famoso Assim Falava Zaratrusta, tentou solucionar o problema espiritual e moral do homem, através de uma filosofia da cultura da energia vital e da vontade de poder que o conduz ao "super-homem", oferecendo elementos aos teorizantes do racismo germânico, de cujas conseqüências ainda sofre a Humanidade.

Karl Marx, sedento de liberdade, expôs de maneira puramente materialista a solução dos problemas econômicos do mundo em O Capital e criou o socialismo científico, que abriu as portas ao moderno comunismo ateu.

Leão XIII compôs a Encíclica Rerum Novarum para solucionar as dificuldades nascidas nos desajustes de classes, oferecendo aos operários humildes, bem como aos patrões, os métodos do equilíbrio e da paz; todavia, a própria Igreja Romana continuou a manter-se longe da Justiça Social...

E o livro continua libertando, revolucionando, escravizando... Clássico ou moderno, rebuscado ou simples, o livro campeia e movimenta mentes, alargando ou estreitando os horizontes do pensamento.

É, em razão disso, que um novo livro, recordando todos os livros, oferece ao homem moderno resposta nova às velhas indagações, propondo soluções abençoadas em torno do antiqüíssimo problema da felicidade humana.

O LIVRO ESPÍRITA, como farol em noite escura, é também esperança e consolação. Esclarecendo quem é o homem, donde vem e para onde vai, sugere métodos mais condizentes com o Cristianismo - Cristianismo que é a Doutrina Espírita - num momento de desesperação de todas as criaturas.

Renovador, o Livro Espírita encoraja o espírito em qualquer situação; esclarece os enigmas da psique humana; filosófico, desvela os problemas do ser; religioso, conduz o homem a Deus, e abrange todos os demais setores das atividades humanas.

Desse modo, o Livro Espírita - no momento em que a literatura de desumaniza e vulgariza, tornando-se serva dos interesses subalternos de classe e governo, política e raça, fronteira e poder - disseminando o amor e propagando a bondade, oferece ao pensamento universal as excelentes oportunidades de glória e imortalidade. Saudemo-lo, pois!


Franco, Divaldo P..
Da obra: O Livro Espírita.
Ditado pelo Espírito Vianna de Carvalho