quinta-feira, 31 de julho de 2008

Os primeiros passos

A família, sem qualquer dúvida, é bastião seguro para a criatura resguardar-se das agressões do mundo exterior, adquirindo os valiosos e indispensáveis recursos do amadurecimento psicológico, do conhecimento, da experiência para uma jornada feliz na sociedade.

Nem sempre compreendida, especialmente nos dias modernos, a família permanece como educandário de elevado significado para a formação da personalidade e desenvolvimento afetivo, mediante os quais torna-se possível ao espírito encarnado a aquisição da felicidade.

Divaldo Franco
Pelo espírito Joanna de Ângelis

quarta-feira, 30 de julho de 2008

A Alma também

Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências.

Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.

Estimamos a imunização na patologia do corpo. Será ela menos importante nos achaques do espírito? Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.

Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.

Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças. Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.

Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.

Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável. Empenhemo-nos de semelhante maneira, na triagem do verbo para que a nossa palavra não se faça azorrague de sombra.

Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver. Preservamos o engenho auditivo contra a surdez. No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.

A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe.
Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.


André Luiz
Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Sem Desânimo

A dor te visitou, sem aviso prévio. É compreensível que a emotividade te envolva, diante de acontecimentos que te atingirem no âmago do ser. Contudo, procura raciocinar. Lembra-te do amparo de Deus, que já te sustentou em outras situações difíceis.

Recorda as palavras de Jesus, prometendo consolação aos que sofrem. Lembra-te dos amigos espirituais que te guiam e vem sustentando os passos, por entre os caminhos espinhosos.

Equilibra-te na certeza de que o tempo é solucionador natural de todos os problemas que não possas resolver de imediato. Confia em Deus e segue para frente. Amanhã compreenderás melhor as razões das dores, que, hoje padecem incompreensíveis.
Clayton
Ditado pelo Espírito Augusto

A Lei de Amor

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos.

E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais.

Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.

Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria.

Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo.

Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes.

Alan Kardec - Lázaro. (Paris, 1862.)

domingo, 27 de julho de 2008

O bem mais precioso

Conta o folclore europeu que há muitos anos um rapaz e uma moça apaixonados resolveram se casar. Dinheiro eles quase não tinham, mas nenhum deles ligava pra isso. A confiança mútua era a esperança de um belo futuro, desde que tivessem um ao outro.

Assim, marcaram a data para se unir de corpo e alma. Antes do casamento, porém, a moça fez um pedido ao noivo: Não posso nem imaginar que um dia possamos nos separar. Mas pode ser que com o tempo um se canse do outro, ou que você se aborreça e me mande de volta para os meus pais. Quero que você prometa que, se algum dia isso acontecer, me deixará levar comigo o bem mais precioso que eu tiver então.

O noivo riu, achando bobagem o que ela dizia, mas a moça não ficou satisfeita enquanto ele não fez a promessa por escrito e assinou. Casaram-se. Decididos a mudar de vida ambos trabalharam muito e foram recompensados.

Cada novo sucesso os fazia mais determinados a sair da pobreza, e trabalhavam ainda mais. E o tempo passou e o casal prosperou. Conquistaram uma situação estável e cada vez mais confortável, e finalmente ficaram ricos.

Mudaram-se para uma ampla casa, fizeram novos amigos e se cercaram dos prazeres da riqueza. Mas, dedicados em tempo integral aos negócios e aos compromissos sociais, pensavam mais nas coisas do que um no outro.

Discutiam sobre o que comprar, quanto gastar, como aumentar o patrimônio, mais estavam cada vez mais distanciados entre si. Certo dia, enquanto preparavam uma festa para amigos importantes, discutiram sobre uma bobagem qualquer e começaram a levantar a voz, a gritar, e chegaram às inevitáveis acusações.

Você não liga pra mim! - gritou o marido - só pensa em você, em roupas e jóias. Pegue o que achar mais precioso, como prometi, e volte para a casa de seus pais. Não há motivo para continuarmos juntos.

A mulher empalideu e encarou-o com um olhar magoado, como se acabasse de descobrir uma coisa nunca suspeitada. Muito bem, disse ela baixinho. Quero mesmo ir embora. Mas vamos ficar juntos essa noite para receber os amigos que já foram convidados. Ele concordou.

A noite chegou. Começou a festa, com todo lulxo e fartura que a riqueza permitia. Alta madrugada o marido adormeceu, exausto. Ela então fez com que o levassem com cuidado para a casa dos pais dela e o pusessem na cama.

Quando ele acordou, na manhã seguinte, não entendeu o que tinha acontecido. Não sabia onde estava e, quando sentou-se na cama para olhar em volta, a mulher aproximou-se e disse-lhe com carinho: Querido marido, você prometeu que se algum dia me mandasse embora eu poderia levar comigo o bem mais precioso que tivesse no momento.

Pois bem, você é e sempre será o meu bem mais precioso. Quero você mais que tudo na vida, e nem a morte poderá nos separar. Envolveram-se num abraço de ternura e voltaram para casa mais apaixonados do que nunca.

O egoísmo, muitas vezes, nos turva a visão e nos faz ver as coisas de forma distorcida. Faz-nos esquecer os verdadeiros valores da vida e buscar coisas que têm valor relativo e passageiro. Importante que, no dia-a-dia, façamos uma análise e coloquemos na balança os nossos bens mais preciosos e passemos a dar-lhes o devido valor.

Baseado na história "O bem mais precioso", do Livro das Virtudes II, pág.460)

sábado, 26 de julho de 2008

O cego e o publicitário

Um publicitário, da área de criação; que passava em frente a ele parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o cartaz, virou-o, pegou o giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi embora.


Ao cair da tarde, o publicitário voltou a passar em frente ao cego que pedia esmola. Seu boné, agora, estava cheio de notas e moedas.

O cego reconheceu as pisadas do publicitário e lhe perguntou se havia sido ele quem reescrevera o cartaz, sobretudo querendo saber o que ele havia escrito. O publicitário respondeu: “Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras”. E, sorrindo, continuou o seu caminho.


O cego nunca soube o que estava escrito, mas seu novo cartaz dizia: “Hoje é primavera em Paris, eu ... não posso vê-la”.

Sempre é bom mudarmos de estratégia, quando nada nos acontece.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Morte

A morte liberta o escravo, a morte submete o rei e papa e paga a cada um seu salário,
E devolve ao pobre o que ele perde e toma ao rico o que ele abocanha.

Hélinand de Froidmont,
em ‘Os Versos da Morte’


Um só planeta, dois mundos tão distantes... A Terra produz o suficiente para todos. Porém, há tantos que despertam e adormecem com fome... Políticos de um partido qualquer, comemoram uma vitória qualquer, numa eleição qualquer...

Cada vez mais imersa em escândalos, falcatruas e no seu eterno teatro de vaidades, a política partidária se distancia cada vez mais daqueles a quem deveria servir: o povo...

As bolsas de valores comemoram os crescentes lucros obtidos com rentáveis ações. É a festa dos ricos, cada vez mais ricos... Enquanto isso, no outro extremo, a vã espera por qualquer resto, migalha ou sobra que possa atenuar a fome... Que cruel abismo é este que construímos...?

De um lado, o consumo desenfreado, e do outro, nada para consumir... Como a vida é frágil,
se a abandonam...

Separados pelo abismo, dois mundos diferentes: de um lado, o nosso mundo, o dos abençoados pelo destino; do outro, o triste mundo da grande maioria de excluídos, esquecidos, ignorados pelo destino...

Enquanto a maioria prefere ignorar o que se passa do outro lado do abismo, existem, ainda bem, aqueles que enxergam além, se preocupam, e tentam construir pontes.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Na Seara de Luz

Não percas tempo no caminho da vida, porque o dia responderá pelos MINUTOS. Não TE esqueças do poder do trabalho. Não desistas DE APRENDER, convencido de que nada se perde.

Não hostilizes CRIATURA ALGUMA, porque o ódio começa onde termina a simpatia. Nao fujas à escravidão do dever, para que a tua liberdade seja digna. Não amasses o pão de tua alegria nas lágrimas dos semelhantes. Não espere pelo dia de amanhã, a fim de praticar o bem ou ensina - lo.

Não gastes somente com a tua vida o que poderia servir para sustentar dez outras. Não reclames exclusivamente em teu favor, em caso algum. Não uses a verdade para exibir a tua superioridade ou pelo simples prazer de ferir.

Não imponhas restrições ao bem de todos, para que o bem possa contar realmente contigo. Não elogies a ti mesmo. Não clames contra a ausência dos outros, porque provavelmente os outros esperam por teu concurso. Não abras a tua janela na direção do pântano. Não duvides da vitória final do bem.

EMMANUEL - Francisco Xavier
Livro: Cartas do coração

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Ação da Amizade

A amizade é o sentimento que imanta as almas umas às outras, gerando alegria e bem-estar. A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.

Inspiradora de coragem e de abnegação, a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas. Há, no mundo moderno, muita falta de amizade! O egoísmo afasta as pessoas e as isola.

A amizade as aproxima e irmana. O medo agride as almas e infelicita. A amizade apazigua e alegra os indivíduos. A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.

Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental. Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma. Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.

Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria. Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa. Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa. Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor. A amizade é fácil de ser vitalizada.

Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez. Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica. Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.

A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.

Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Momentos de Esperança.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis

Dentro do lar

Famílias-problemas!...

Irmãos que se antagonizam... Cônjuges em lamentáveis litígios... Animosidades entre filho e pai, farpas de ódios entre filha e mãe... Afetos conjugais que se desmantelam em caudais de torvas acrimônias... Sorrisos filiais que se transfiguram em rictos de idiossincrasias e vinditas...

Tempestades verbais em discussões extemporâneas... Agressões infelizes de consequências fatais... Tragédias nas paredes estreitas da família... Enfermidades rigorosas sob látegos de impiedosa maldade... Mãos encanecidas sob tormentos de filhos dominados por ódios inomináveis.

Pais enfermos açoitados por filhas obsidiadas, em conúbios satânicos de reações violentas em cadeia de ira... Irmãos dependentes sofrendo agressões e recebendo amargos pães, fabricados com vinagre e fel de queixas e recriminações... Famílias em guerras tiranizantes, famílias-problemas!

É da lei divina que o infrator renasça ligado à infração que o caracteriza. A justiça celeste estabeleceu que a sementeira tem caráter espontânea, mas a colheita tem impositivo de obrigatoriedade. O esposo negligente de ontem hoje recebe no lar a antiga companheira nas vestes de filha ingrata e maldizente.

A nubente atormentada, que no passado desrespeitou o lar, acolhe nos braços, no presente, o esposo traído vestindo as roupas de filho insidioso e cruel. O companheiro do pretérito culposo se reivincula pela consanguinidade à vítima, desesperada, reencontrando-a em casa como irmão impenitente e odioso.

O braço açoitador se imobiliza sob vergastadas da loucura encarcerada nos trajos da família. Desconsideração doutrora, desrespeito da atualidade. Insânia gerando sandice e criminalidade alimentando aversões. Chacais produzindo chacais. Lobos tombando em armadilhas para lobos. Cobradores reencarnados junto às dívidas, na província do instituto da família, dentro do lar.

Acende a claridade do Evangelho no lar e ama a tua família-problema, exercitando humildade e resignação. Preserva a paciência, elaborando o curso de amor nos exercícios diários do silêncio entre os panos da piedade para os que te compartem o jinho doméstico, revivendo os dias idos com execrandas carantonhas, sorvendo azedume e miasmas.

Não renasceste alipor circunstância anacrônica ou casual. Não resides com uma família-problema por fator fortuito nem por engano dos Espíritos Egrégios. Escolheste, antes do retorno ao veículo físico, aqueles que dividiram contigo as aflições superlativas e os próprios desenganos. Solicitaste a bênção da presença dos que te cercam em casa, para librares com segurança nos cimos para onde rumas.

Sem eles faltariam bases para os teus pés jornaleiros. Sem a exigência deles, não serias digno de compartilhar a vilegiatura espiritual com os Amorosos Guias que te esperam. São eles, os parentes severos nos trajos de verdugos inclementes, a lição de paciência que necssitas viver, aprendendo a amar os difíceis de amor para que te candidatares ao Amor que a todos ama.

A mensagem espírita, que agora rutila no teu espírito transformado em farol de vivo amor e sabedoria, è o remédio-consolo para tuas dores no lar, antídoto e o tratado de armistício para o campo de batalha onde esgrimas com as armas da fé e da bondade, apaziguando, compreeendendo, desculpando, confiando em horas e dias melhores para o futuro...

Apoia-te ao bastão da certeza reencarnacionista, aproveita o padecimento ultriz, ajuda os verdugos da tua harmonia, mas dá-lhes a luz do conhecimento espírita para que, também eles, os problemas em si mesmos, elucidem os próprios enigmas e dramas, rumando para experiências novas com o coração afervorado e o espírito tranquilo.

Esp: Joanna de Ângelis
Psicografia: Divaldo Pereira Franco
Livro: Dimensões da Verdade - Pág. 164

terça-feira, 22 de julho de 2008

Educação no lar

Preconiza-se na atualidade do mundo uma educação pela liberdade plena dos instintos do homem, olvidando-se, pouco a pouco, os antigos ensinamentos quanto a formação do caracter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar seus propósitos.

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa, decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.

A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus. O homem e a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade.

Debalde se improvisarão sociólogos para substituir a educação no lar por sucedâneos abstrusos que envenenam a alma. Só um espírito que haja compreendido a paternidade de Deus, acima de tudo, consegue escapar à lei pela qual os filhos sempre imitarão os pais, ainda quando estes sejam perversos.

Ouçamos a palavra do Cristo e, se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, com advertência.

Espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Livro: Caminho, Verdade e Vida - Cap. 12

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Casar-se

Não basta casar-se. Imperioso saber para quê.

Dirás provavelmente que a resposta é óbvia, que as criaturas abraçam o matrimônio por amor. O amor, porém, reclama cultivo. E a felicidade na comunhão afetiva não é prato feito e sim construção do dia-a-dia.

As leis humanas casam as pessoas para que as pessoas se unam segundo as Leis Divinas.

Se desposaste alguém que te constituía o mais belo dos sonhos e se encontras nesse alguém o fracasso do ideal que acalentaste, é chegado o tempo de trabalhares mais intensivamente na edificação dos planos que ideaste de início.

Esgueste o lar por amor e tão só pelo amor conseguirás conservá-lo. Não será exigindo tiranicamente isso ou aquilo de quem te compartilha o teto e a existência que te desincumbirás dos compromissos a que te empenhaste.

Unicamente doando a ti mesmo em apoio da esposa ou do esposo é que assegurarás a estabilidade da união em que investiste os melhores sentimentos.

Se sabes que a tolerância e a bondade resolvem os problemas em pauta, a ti cabe o primeiro passo a fim de patenteá-las na vivência comum, garantindo a harmonia doméstica.

Inegavelmente não se te nega o direito de adiar realizações ou dilatar o prazo destinado ao resgate de certos débitos, de vez que ninguém pode aceitar a criminalidade em nome do amor.

Entretanto, nos dias difíceis do lar recorda que o divórcio é justo, mas na condição de medida articulada em última instância.

E nem te esqueças de que casar-se é tarefa para todos os dias, porquanto somente da comunhão espiritual gradativa e profunda é que surgirá a integração dos cônjuges na vida permutada, de coração para coração, na qual o casamento se lança sempre para mais alto, em plenitude do amor eterno.

Espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Livro: Na Era do Espírito - Cap. 11

domingo, 20 de julho de 2008

Em casa 2

Ninguém foge à lei da reencarnação.

Ontem, atraiçoamos a confiança de uma companheiro, induzindo-o à derrocada moral... Hoje, guardamo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.

Ontem, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício. Hoje têmo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada de nosso amor.

Ontem, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes. Hoje, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho problema, o cálice amargo da redenção.

Ontem, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio. Hoje, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.

Ontem, abandonamos a companheira inexperiente, à mingua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinquência. Hoje, achâmo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da tolerância.

Ontem, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, a punhaladas de ingratidão. Hoje, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinhos e fidelidade.

A frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.

Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorria para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam... A humildade é a chave de nossa libertação.

E, sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.

Espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Livro: Ideal Espírita - Pág 132 - Cap. 53

sábado, 19 de julho de 2008

Em casa

O templo doméstico é uma benção do Céu na Terra, porque dentro dele é possível realizar o verdadeiro trabalho de santificação.

Aí temos o valioso passadiço da alma, em trânsito para as Esferas Superiores.

Nesse divino corredor para a Vida Celestial , a criatura encontra todos os processos de regeneração, de modo a aperfeiçoar-se devidamente.

É na consangüinidade, quase sempre, que o homem recebe as mais puras afeições, mas é igualmente nela que reencontra as suas aversões mais profundas.

Nossa alma é arrojada à organização familiar, no mundo, assim como o metal inferior é precipitado ao cadinho fervente.

Precisamos suportar a tensão elevada do clima em que estagiamos, a fim de apurar as nossas qualidades mais nobres. Não vale fugir ou rebelar-se.

Retroceder seria retornar às sombras do passado e indisciplinar-se equivaleria relegar ao amanhã abençoadas realizações que o Senhor espera de nossa boa vontade ainda hoje.

Saibamos, assim, usar a prece e a serenidade, a compreensão e a tolerância, se desejamos reduzir o tempo do nosso curso educativo na recuperação espiritual. Como alguns, aprendemos a servir valorosamente a muitos.

Redimindo-nos perante o adversário de ontem, nosso coração vitorioso circulará no grande entendimento da humanidade.

Se encontraste, em casa, o campo de batalha, em que sentes compelido a graves indenizações do pretérito, não te detenhas na hesitação ou na dúvida!

Suporta os conflitos indispensáveis à própria redenção, com o valor moral do soldado que carrega o fardo da própria responsabilidade, enquanto se desenvolve a guerra a que foi trazido.

Não te esqueças de que o lar é o espelho, onde o mundo contempla o teu perfil, e por isso mesmo, intrépidos e tranquilos nos compromissos esposados, saibamos enobrecê-lo e santificá-lo.

Espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Livro: Fé, Paz e Amor - Pag 92

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Vida Conjungal

"Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o seu marido."
Paulo (Efésios, 5:33)

As tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum. Explicando o desequilíbrio, invoca-se a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida íntima ou as excessivas aflições domésticas.

O marido disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, em muitos casos, abre-se a mente feminina ao império das tentações, entrando em falso rumo.

Semelhante situação, porém, será sempre estranhável nos lares formados sobre as escolas da fé, nos círculos do Cristianismo. Os cônjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortações da fraternidade.

É possível que os sonhos, muitas vezes, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro dos ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem, por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizes que eles são, por enquanto, incapazes de adotar, e o matrimônio se lhes converte em instituição detestável.

O cristão, contudo, não pode ignorar a transitoriedade das experiências humanas. Com Jesus, é impossível destruir os divinos fundamentos da amizade real. Busque-se o lado útil e santo da tarefa e que a esperança seja a lâmpada acesa no caminho...

Tua esposa mantém-se em nível inferior à tua expectativa? Lembra-te de que ela é mãe de teus filhinhos e serva de tuas necessidades. Teu esposo é ignorante e cruel? Não olvides que ele é companheiro que Deus te concedeu...

Espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Livro: Vinha de Luz - Cap. 137

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Conquistando a Paz

Existem tribulações e tribulações. Para extinguir aquelas que conturbam a vida, comecemos a cooperar na construção da paz onde estivermos. Necessitamos, porém, conhecer as farpas que entretecem as inquietações que nos predispõem ao desequilíbrio e ao sofrimento.

Vejamos algumas:

a queixa contra alguém;
a reclamação agressiva;
o palavrão desatado pela cólera;
a resposta infeliz;
a frase de sarcasmo;
o conceito depreciativo;
o apontamento malicioso;
o gesto de azedume;
a crítica destrutiva;
o grito de desespero;
o pensamento de ódio;
a lamentação do ressentimento;
a atitude violenta;
o riso escarninho;
a fala da irritação;
o cochicho do boato;
o minuto de impaciência;
o parecer injusto;
a pancada verbal da condenação.

Cada espinho invisível a que nos reportamos é comparável à chispa capaz de atear o incêndio da discórdia. E ganhar a discórdia não aproveita a pessoa alguma.

Tanto quanto possível, aceitemos as tribulações que a vida nos reserve e saibamos usar o amor e a tolerância, a paciência e o espírito de serviço para que estejamos realmente conquistando os valores e bênçãos da paz.

Não esperes que o próximo te solicite cooperação. Colabora voluntariamente, na certeza de que estarás realizando valiosas sementeiras de trabalho e de amor, na construção do futuro melhor.
Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Paciência.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O Burro de Carga

No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de famoso palácio real um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das pilhérias e remoques dos companheiros de apartamento.

Reparando-lhe o pelo maltratado, as fundas cicatrizes do lombo e a cabeça tristonha e humilde, aproximou-se formoso cavalo árabe, que se fizera detentor de muitos prêmios, e disse, orgulhoso:

- Triste sina a que recebeste! Não Invejas minha posição nas corridas? Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!

- Pudera! - exclamou um potro de fina origem inglesa - como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça?

O infortunado animal recebia os sarcasmos, resignadamente. Outro soberbo cavalo, de procedência húngara, entrou no assunto e comentou:

- Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi este miserável sofrendo rudemente nas mãos de bruto amansador. É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice. Não nasceu senão para carga e pancadas. É vergonhoso suportar-lhe a companhia. Nisto, admirável jumento espanhol acercou-se do grupo, e acentuou sem piedade:

- Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo. É animal desonrado, fraco, inútil... Não sabe viver senão sob pesadas disciplinas. Ignora o aprumo da dignidade pessoal e desconhece o amor-próprio. Aceito os deveres que me competem até o justo limite; mas, se me constrangem a ultrapassar as obrigações, recuso-me à obediência, pinoteio e sou capaz de matar.

As observações insultuosas não haviam terminado, quando o rei penetrou o recinto, em companhia do chefe das cavalariças.

- Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade - informou o monarca -, animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança. O empregado perguntou:

Não prefere o árabe, Majestade?

- Não, não - falou o soberano -, é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.

- Não quer o potro inglês?

- De modo algum. E’ muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.

- Não deseja o húngaro?

- Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.

- O jumento serviria? - insistiu o servidor atencioso.

- De maneira nenhum. É manhoso e não merece confiança.

Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:

- Onde está o meu burro de carga?

O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais. O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou ajaezá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho, ainda criança, para longa viagem.

Assim também acontece na vida. Em todas as ocasiões, temos sempre grande número de amigos, de conhecidos e companheiros, mas somente nos prestam serviços de utilidade real aqueles que já aprenderam a suportar, servir e sofrer, sem cogitar de si mesmos.

Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Idéias e Ilustrações.
Ditado pelo Espírito Neio Lúcio.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Felicidade Possível

Felicidade, é conquista íntima.

Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto.

Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a ilusão.

Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador. As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz.

A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção.

Abençoa os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti.

Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão.

Reúne essas florezinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares, e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução.

Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Anjos Guardiães

Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre. Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis.

Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação.

Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão. Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.

São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo.

Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros de perturbação e vulgaridade.

Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução.

Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha.

Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.

Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.

Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis

domingo, 13 de julho de 2008

Uma história real

Havia um homem que chamava-se Fleming e era um pobre lavrador escocês. Um dia, enquanto trabalhava para ganhar o pão para a sua família, ouviu um pedido de socorro proveniente de um
pântano que havia na redondeza.

O Sr. Fleming largou tudo o que estava a fazer e correu ao pântano. Lá, deparou-se com um rapazinho enterrado até à cintura, gritando por socorro e tentando desesperadamente e em vão, libertar-se do lamaçal onde caíra.

O Sr. Fleming retirou o rapazinho do pântano, salvando-o assim da morte. No dia seguinte, chegou uma elegante carruagem à sua humilde casa, donde saiu um nobre elegantemente vestido, que se lhe dirigiu apresentando-se como o pai do rapazinho que salvara da morte certa.

“Quero recompensá-lo", disse o nobre. “O senhor salvou a vida do meu filho". “Não, não posso aceitar dinheiro pelo que fiz”, respondeu o lavrador escocês. Nesse momento, o filho do lavrador assumou à porta da casa."É seu filho?" perguntou o nobre. "Sim", respondeu orgulhosamente o humilde lavrador.

Então, proponho-lhe o seguinte: Deixe-me proporcionar ao seu filho o mesmo nível de instrução que proporcionarei ao meu. Se o seu rapaz sair ao Senhor, não tenho dúvida alguma que se converterá num homem de que ambos nos orgulharemos."

Então o Sr. Fleming aceitou. O filho do humilde lavrador frequentou as melhores escolas e licenciou-se em Medicina na famosa Escola Médica do St. Mary's Hospital de Londres. O filho do Sr. Fleming se tornou um médico brilhante e ficou mundialmente conhecido como Dr. Alexander Fleming, o descobridor daPenicilina.

Anos depois, o “rapazinho”que havia sido salvo do pantano adoeceu com uma pneumonia. ...A PENICILINA! Quem era o nobre, que investiu na formação do Dr. Alexander Fleming? Sir Randolph Churchill. E o filho do nobre, que foi duas vezes salvo pela família Fleming? Sir Winston Churchill....

Alguém disse uma vez: O que vai, volta.

Portanto... Trabalhe como se não precisasse do dinheiro. Ame como se nunca tivesse sido magoado. Dance como se ninguém estivesse te vendo. Cante como se ninguém ouvisse. Viva como se a Terra fosse o Céu.

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” Gálatas 6:7

sábado, 12 de julho de 2008

Licões da vida 5

Há muitos anos atrás, quando eu trabalhava como voluntário em um hospital, eu vim a conhecer uma menininha chamada Liz, que sofria de uma terrível e rara doença.

A única chance de recuperação para ela parecia ser através de uma transfusão de sangue do irmão mais velho dela de apenas 5 anos que, milagrosamente, tinha sobrevivido à mesma doença e parecia ter, então, desenvolvido anticorpos necessários para combatê-la.

O médico explicou toda a situação para o menino e perguntou, então, se ele aceitava doar o sangue dele para a irmã. Eu vi ele hesitar um pouco, mas, depois de uma profunda respiração ele disse: - "Tá certo, eu topo... Se é para salvá-la..."

À medida que a transfusão foi progredindo, ele estava deitado na cama ao lado da cama da irmã e sorria, assim como nós também, ao ver as bochechas dela voltarem a ter cor.

De repente, o sorriso dele desapareceu e o garotinho empalideceu... Olhou para o médico e perguntou com a voz trêmula: - "Eu vou começar a morrer logo?"

Por ser tão pequeno e novo, o menino tinha interpretado mal as palavras do médico, e pensou que teria que dar todo o sangue dele para salvar a irmã!

Compreensão e atitude

"Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro, ame como se você nunca tivesse se machucado e dance como você dançaria se ninguém estivesse olhando"

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Licões da vida 4

Em tempos bem antigos, um rei colocou uma pedra enorme no meio de uma estrada. Então, ele se escondeu e ficou observando para ver se alguém tiraria a imensa rocha do caminho. Alguns mercadores e homens muito ricos do reino passaram por ali e simplesmente deram a volta pela pedra.

Alguns até esbravejaram contra o rei dizendo que ele não mantinha as estradas limpas, mas, nenhum deles tentou sequer mover a pedra dali. De repente, passa um camponês com uma boa carga de vegetais.

Ao se aproximar da imensa rocha, ele pôs de lado a sua carga e tentou remover a rocha dali. Após muita força e suor, ele finalmente conseguiu mover a pedra para o lado da estrada. Ele, então, voltou a pegar a sua carga de vegetais mas notou que havia uma bolsa no local onde estava a pedra.

A bolsa continha muitas moedas de ouro e uma nota escrita pelo rei que dizia que o ouro era para a pessoa que tivesse removido a pedra do caminho.

O camponês aprendeu o que muitos de nós nunca entendeu: "Todo obstáculo contém uma oportunidade para melhorarmos nossa condição".

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Licões da vida 3

Numa época em que um sorvete custava muito menos do que hoje, um menino de 10 anos entrou na lanchonete de um hotel e sentou-se a uma mesa. Uma garçonete colocou um copo de água na frente dele. - "Quanto custa um Sundae?" -ele perguntou.

- “50 centavos” - respondeu a garçonete.

O menino puxou as moedas do bolso e começou a contá-las. - "Bem, quanto custa o sorvete simples?" -perguntou o garoto.

A essa altura, mais pessoas estavam esperando por uma mesa e a garçonete perdendo a paciência... - "35 centavos" - respondeu ela, de maneira brusca.

O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse: - "Eu vou querer, então, o sorvete simples".

A garçonete trouxe o sorvete simples, a conta, colocou na mesa e saiu. O menino acabou o sorvete, pagou a conta no caixa e saiu.

Quando a garçonete voltou, começou a chorar a medida que ia limpando a mesa pois ali, do lado do prato, tinham 15 centavos em moedas... ou seja, o menino não pediu o Sundae porque queria que sobrasse a gorjeta da garçonete.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Licões da vida 2

Na chuva, numa noite, estava uma senhora negra, americana, do lado de uma estrada no estado do Alabama enfrentando um tremendo temporal. O carro dela tinha enguiçado e ela precisava, desesperadamente, de uma carona.

Completamente molhada, ela começou a acenar para os carros que passavam. Um jovem branco, parecendo que não tinha conhecimento dos acontecimentos e conflitos dos anos 60, parou para ajudá-la.

O rapaz a colocou em um lugar protegido, procurou ajuda mecânica e chamou um táxi para ela. Ela parecia estar realmente com muita pressa mas conseguiu anotar o endereço dele e agradecê-lo. Sete dias se passaram quando bateram à porta da casa do rapaz.

Para a surpresa dele, uma enorme TV colorida estava sendo entregue na casa dele com um bilhete junto que dizia: "Muito obrigada por me ajudar na estrada naquela noite. A chuva não só tinha encharcado minhas roupas como também meu espírito. Aí, você apareceu. Por sua causa eu consegui chegar ao leito de morte do meu marido antes que ele falecesse.

Deus o abençoe por ter me ajudado! Sinceramente, Mrs. Nat King Cole"

terça-feira, 8 de julho de 2008

Lições da vida 1

Durante meu segundo mês na escola de enfermagem, nosso professor nos deu um questionário. Eu era bom aluno e respondi rápido todas as questões até chegar a última que era: "Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da escola?" Sinceramente, isso parecia uma piada.

Eu já tinha visto a tal mulher várias vezes. Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas como eu ia saber o primeiro nome dela? Eu entreguei meu teste deixando essa questão em branco e um pouco antes da aula terminar, um aluno perguntou se a última pergunta do teste ia contar na nota.

“É claro!”, respondeu o professor. “Na sua carreira, você encontrará muitas pessoas. Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um simples "alô".”

Eu nunca mais esqueci essa lição e também acabei aprendendo que o primeiro nome dela era Dorothy.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Mente e vida!

Mensagem ditada pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 20 de Junho de 2007, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia, Brasil. Publicada na Revista Reformador, FEB, Ano 126, Nº 2.149, de Abril de 2008, Págs. 8 (126) e 9 (127).

A usina mental é possuidora de inimaginável poder gerador de energia, mantendo-a neutra até o momento em que o Espírito a movimenta, conforme as aspirações que agasalha e o direcionamento que lhe compraz. Conhecido, esse poder, desde épocas imemoriais nas civilizações do Oriente, apresentava-se então revestido de mistério nas cerimônias religiosas, produzindo fenômenos que deslumbravam as massas.

Para bem canalizá-lo, surgiram os cultos e as doutrinas esotéricas, que estabeleceram regras de comportamento e técnicas para a sua aplicação, mediante cujas práticas, depois de largo período de iniciação, elegiam os seus sacerdotes, que se responsabilizavam pela condução dos povos. Entre as culturas primitivas, os xamãs encarregavam-se de aplicar os valiosos recursos mentais, que conseguiam identificar neles próprios, abrindo espaço para as comunicações espirituais que comprovaram a imortalidade da alma. Tornaram-se, desse modo, muito importantes nos grupos sociais, nos quais mourejavam.

Não existe um povo no qual, nas raízes de sua origem, a mente não tenha sido responsável pelo seu desenvolvimento e progresso. Todos os grandes líderes religiosos do passado, nos primórdios das civilizações, porque mais evoluídos do que os seus concidadãos, aos quais orientavam, utilizaram-se da energia mental para lograr êxito nos cometimentos a que se entregavam.

Com Jesus, porém, esse poder atingiu o clímax, em razão da Sua superioridade moral e grandeza espiritual de Governador do planeta terrestre, demonstrado nos notáveis momentos da multiplicação dos pães e dos peixes, da tempestade acalmada no mar da Galiléia, da pesca milagrosa, das curas extraordinárias, da visão a distância, da precognição em torno do Seu martírio, dos acontecimentos futuros, do fim dos tempos...

Depois d`Ele, ao largo dos séculos, homens e mulheres superiores espiritualmente ao biótipo comum, aplicaram essa força poderosa de maneira edificante e salutar, logrando demonstrar que o ser humano é o seu pensamento. De Mesmer a Allan Kardec, passando por eminentes estudiosos da energia mental, pôde-se constatar que a vida se expressa no mundo objetivo, conforme o direcionamento dessas grandiosas forças.

Nada obstante, graças ao conhecimento do cérebro, cada dia mais desvendado pelas neurociências, vêm sendo identificadas as áreas onde se sediam esses campos de força que, bem conduzidos, moverão montanhas... O conceito de Jesus acerca da fé, que é capaz de todas as realizações, centraliza-se na dinâmica da energia mental. Ter fé representa possuir a coragem de lutar em favor da concretização daquilo a que se aspira e entregar-se em confiança aos resultados que serão alcançados.

O brocardo popular, que estabelece o querer é poder, possui validade incontestável, porquanto a aspiração, quando carregada da energia mental, culmina por concretizar aquilo que anela. A princípio, as fórmulas de controle mental passaram de geração a geração envoltas em enigmas, a fim de não serem entendidas pelos não iniciados, os exotéricos.

À medida que a cultura adquiriu cidadania e as doutrinas psicológicas aprofundaram a investigação na psique, mais fácil se fez o entendimento e a aplicação dessas fabulosas energias.
Mente é também vida. Todos nos encontramos mergulhados no pensamento exteriorizado pela Mente Divina, que tudo orienta e conduz com segurança, desde as colossais galáxias às micropartículas.

Conforme penses, assim viverás. Se te permites o pessimismo contumaz, permanecerás na angústia, a um passo da depressão. Se anelas pela felicidade, já te encontras fruindo as bênçãos que dela decorrem, como prenúncio do que alcançarás mais tarde. Se delineias sofrimentos para a existência, sob o conceito da aflição que agasalhas, a jornada terrestre ser-te-á assinalada pelo sofrimento.

Se reflexionas em torno do bem-estar e da alegria de viver, mesmo que ocorram acidentes de percurso em forma de dor, desfrutarás de mais tempo de contentamento do que de aflição. Se projetas insucesso pelo caminho, seguirás uma trilha assinalada pelo fracasso elaborado pelo teu próprio pensamento. Se arrojas em direção do futuro o êxito, encontrá-lo-ás à tua espera, á medida que avances no rumo dos objetivos superiores.

A mente produz aquilo que o pensamento direciona. A abundância da Vida encontra-se em toda parte do Universo, assim como a paz e a saúde, porque procedem de Deus, o Criador. Igualmente, vastas faixas de infelicidade e de dissabores são sustentadas pelas mentes conflitivas e negativistas que as originaram e as preservam.

É necessário, portanto, pensar-edificando o bem, a fim de que o bem se edifique nos teus sentimentos. O Evangelho de Jesus é fonte inexaurível de alegria e de satisfações emocionais, de auto-realizações e de felicidade. Aborda, também, é claro, o sofrimento, o martírio, não porém de maneira masoquista, mas sim, como recursos de libertação das mazelas anteriormente armazenadas, facultando a conquista da harmonia interior e propiciando a perfeita vinculação com Deus.

Pensa, portanto, de forma saudável, edificante, e receberás as altas cargas de estímulos que procedem das faixas nobres da vida, através do pensamento. Vivencia as experiências provacionais dolorosas com o pensamento em harmonia, sem deixar que o dissabor e o desalento tomem conta das tuas paisagens mentais, e ser-te-ão menos penosas as horas de purificação.

Ninguém transita no mundo físico sem a experiência de algum tipo de sofrimento, porquanto este é um planeta de provas e de expiações e não o paraíso, onde a dor e o desespero não vigem, não se apresentam sequer. A maneira, porém, de vivê-lo é que o tornará razão de desdita ou de satisfação, em face da perspectiva de próxima libertação.

Quando Jesus afirmou que Ele e o Pai são Um, demonstrou que, na Sua perfeita sintonia com a vontade de Deus, mergulhara totalmente no projeto que fora desenhado para a Sua existência entre as criaturas da Terra, sem queixa ou mal-estar.

Quando consigas, por tua vez, entregar-te ao amor e vivê-lo em totalidade, poderás assinalar, qual o fez o apóstolo das gentes: Já não sou eu que vivo, mas o Cristo que vive em mim. Aprofunda, portanto, reflexões em torno do pensamento, deixa-te potencializar pela sua força e canaliza-o para a felicidade que te está destinada, e a experimentarás desde este momento.

JOANNA DE ÂNGELIS
- Psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco –

Responsável pela Cópia : Nivalda Steffens.

sábado, 5 de julho de 2008

Anjo de Deus

Silêncio... Mantenha-te tranquilo e pense em todos os problemas que gostaria de solucionar.

Tudo que te angustia, que te faz chorar, te oprime, te preocupa, te deixa triste. Deixe de ter medo do futuro, de equivocar-se, de escolher um caminho errado...

Pense agora em tudo isso... Abra o seu coração e visualize entregando tudo isso a Deus.

Coloca suas mãos em posição de entrega. Visualize entregando-o agora, como quem entrega um saco bem pesado a outra pessoa para que o leve.

Agora, visualize tudo de bom que você quer que aconteça, ou que já tenha acontecido na sua vida. Momentos de felicidade, de amizade, de carinho, de paz, de amor.

Visualize colocando tudo isso em suas mãos, e faça um gesto de estar guardando em seu coração, como se guardasse uma jóia numa caixa. Guarde esse tesouro bem dentro de você, e dê “Graças”, com muita fé, de coração.

Agradeça... por tudo de bom que virá e por tudo de mal que irá embora. Conte até três e respire bem fundo. Agora... visualize que o Anjo voou e está levando as suas orações até Deus.

Que JESUS te abençoe... Hoje e Sempre!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Tudo Passará

Todas as coisas, na Terra, passam... Os dias de dificuldades, passarão... Passarão tambémos dias de amargura e solidão...As dores e as lágrimas passarão. As frustrações que nos fazem chorar...um dia passarão. A saudade do ser querido que está longe, passará.

Dias de tristeza... Dias de felicidade... São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas. Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante.

Elevemos o pensamento ao Alto, e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: isso também passará... E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre.

O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas. Mas isso também passará, porque Jesus está no leme dessa Nau, segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da humanidade, e que um dia também passará...

Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro, porque essa é a sua destinação. Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento, e confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo... também passarão..."

" Tudo passa..........exceto DEUS!" Deus é o suficiente!
(Emmanuel/Francisco Cândido Xavier )