domingo, 30 de novembro de 2008

Tristeza Perturbadora

Conquanto brilhe o sol da oportunidade feliz, abrindo campo para a ação e para a paz, a sombra teimosa da tristeza envolve-te em injustificável depressão.

Gostarias de arrancar das carnes da alma este espinho cravado que te faz sofrer, e, por não o conseguires, deixas-te abater.

Conjecturas a respeito da alegria, do corpo jovem, dos prazeres convidativos, e lamentas não poder fruir tudo quanto anelas.

A tristeza, porém, é doença que, agasalhada, piora o quadro de qualquer aflição.

A sua sombra densa altera o contorno dos fatos e das coisas, apresentando fantasmas onde existe vida e desencanto no lugar em que está a esperança.

Ela responde pela instalação de males sutis que terminam por desequilibrar o organismo físico e a maquinaria emocional.

Luta contra a tristeza, reeducando-te mentalmente.

Não dês guarida emocional às suas insinuações.

Ninguém é tão ditoso quanto supões ou te fazem crer.

A Terra é o planeta-escola de aprendizes incompletos, inseguros.

A cada um falta algo, que não conseguirá conquistar.

Resultado do próprio passado espiritual, o homem sente sempre a ausência do que malbaratou.
A escassez de agora é conseqüência do desperdício de outrora.

A aspiração tormentosa é prova a que todos estão submetidos, a fim de que valorizem melhor aquilo de que dispõem e a outros falta.

Lamentas não ter algo que vês noutrem, todavia, alguém ambiciona o que possuis e não dás valor.

Resigna-te, pois, e alegra-te com tudo quanto te enriquece a existência neste momento.
Aprende a ser grato à vida e àqueles que te envolvem em ternura, saindo da tristeza pertinaz para o portal de luz, avançando pelo rumo novo.

Jesus, que é o "Espírito mais perfeito" que veio à Terra, sem qualquer culpa, foi incompreendido, embora amando; traído, apesar de amar, e crucificado, não obstante amasse...

Desse modo, sorri e conquista o teu espaço, esquecendo o teu espinho e arrancando aquele que está ferindo o teu próximo.

Oportunamente, descobrirás que, enquanto te esqueceste da própria dor, lenindo a dos outros, superaste-a em ti, conseguindo a plenitude da felicidade, que agora te rareia.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Momentos de Coragem.D
itado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sábado, 29 de novembro de 2008

Com Efeito

"Todos vós, que dos homens
sofreis injustiças, sede
indulgentes para as faltas dos
vossos irmãos, ponderando que
também vós não vos achais
isentos de culpas; é isso
caridade, mas é igualmente
humildade."
(Alan Kardec. E.S.E.Cap.VII. Item 11.)

Exercite a humildade ao lado dos modestos servidores do lar doméstico.
Ser humilde com os superiores, de quem se depende, é muito fácil.

Suporte com resignação as dificuldades da tarefa nova.
Quem muda de clima sofre a modificação da temperatura.

Retorne ao trabalho com ânimo redobrado, no lugar em que o insucesso o magoou.
Nem sempre o triunfo pode ser sentido nas moedas de lucro fácil.

Submeta-se às vicissitudes naturais da luta, mas prossiga na direção do serviço honrado.
Não há repouso justo sem o cansaço haurido nas tarefas da aprendizagem.

Cultive o verbo "cooperar".
O progresso nasce quando todos se ajudam.

Levante-se do erro e siga renovando-se.
Muita correnteza cristalina nasce em lodo.

Seja indulgente com aqueles que ainda se demoram sob as fortes luzes da ilusão.
O perdão que você oferece aos outros funciona como lubrificante nas engrenagens de sua alma. \

Desperte na criança o ardor evangélico, atestando sempre junto a ela a excelência da Mensagem Cristã.

As atitudes hostis que você mantém, supondo que "a criança não entende", anulam quaisquer palavras da pregação apaixonada.

Combata a onda-materialista que domina o mundo, deixando de apoiar as indústrias de perversão dos valores morais.

O prazer do cinema, teatro e televisão, muitas vezes se transforma em "labaredas para o coração".

Empenhe-se na implantação do Evangelho na Terra.
Faça-se, entretanto, um a "carta-viva do Cristo".


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Bem e Mal Sofrer

Quando o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence", não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus.

O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos.

O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.

O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma.

Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral.

Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte."

Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. - Lacordaire. (Havre, 1863.)


Allan Kardec.
Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Verdade Libertadora

Realizado o estudo do Evangelho no lar
de Josef Jackulack, na noite de 5 de
junho, em Viena, Áustria, o tema foi
Não ponhais a candeia debaixo do
alqueire, capítulo XXIV, de O
Evangelho Segundo o Espiritismo, de
Allan Kardec, após o qual a Mentora
espiritual escreveu a presente
mensagem.

A verdade sempre predomina.

O culto à mentira é dos mais danosos comportamentos a que o indivíduo se submete. Ilusão do ego, logo se dilui ante a linguagem espontânea dos fatos. Responsável por expressiva parte dos sofrimentos humanos, fomenta a calúnia que lhe é manifestação grave e destrutiva - a infâmia, a crueldade...

A maledicência é-lhe filha predileta, por expressar-lhe os conteúdos perturbadores, que a imaginação irrefreada e os sentimentos infelizes dão curso.

Além desses aspectos morais, a mentira não resiste ao transcurso do tempo. Sem alicerce que a sustente, altera a sua forma ante cada evento novo e de tal maneira se modifica, que se desvela.

Por ser insustentável, quem se apóia na sua estrutura frágil padece insegurança contínua.

Porque é exata na sua forma de apresentar-se, a verdade é o inimigo normal da mentira.

Enquanto a primeira esplende ao sol dos acontecimentos e exterioriza-se sem qualquer exagero, a segunda é maneirosa, prefere a sombra e comunica-se com sordidez. Uma é fruto da realidade; a outra, da fantasia, que não medita nas consequências de que se reveste.

A mentira teme o confronto com a verdade. Aloja-se nas sombras, espraia-se, às escondidas, e encontra, infelizmente, guarida.

A verdade jamais se camufla; surge com força e externa-se com dignidade. Não tem alteração íntima, permanecendo a mesma em todas as épocas. Ninguém consegue ocultá-la, porque, semelhante à luz, irradia-se naturalmente. Nem sempre é aceita, por convidar à responsabilidade. Amiga do discernimento, é a pedra angular da consciência de si mesmo, fator ético-moral da conduta saudável.

Enquanto a mentira viger, a acomodação, o crime afrontoso ou sob disfarce, o abuso do poder e a miséria de todo tipo predominarão na Terra exaltando os fracos, que assim se farão fortes, os covardes, que se tornarão estóicos, os astutos, que triunfarão em detrimento dos sábios, dos nobres e dos bons...

Face a tais logros, que propicia, não obstante efêmeros, os seus famanazes e cultuadores detestam e perseguem a verdade. Não medem esforços para impelir-lhe a propagação, por saberem dos resultados que advirão com o seu estabelecimento entre as criaturas.

São baldas, porém, tão insanas atitudes.

A verdade espera... Seus opositores enfermam, envelhecem e morrem, enquanto ela permanece.
A mentira é de breve existência. Predomina por um pouco, esfuma-se e passa...
(...) Jesus, em proposta admirável, afirmou: Busca a verdade e a verdade te libertará.

Ninguém tem o direito de ocultar a verdade, qual se fosse uma luz que devesse ficar escondida.

Onde se encontre, irradia claridade e calor.

O seu conhecimento induz o portador a apresentá-la onde esteja, a divulgá-la sempre. Pelos benefícios que proporciona, estimula à participação, à solidariedade, difundindo-a. (...)


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Sob a Proteção de Deus.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Realmente

A tempestade espanta. Entretanto, acentuar-nos-á a resistência se soubermos recebê-la.

A dor dilacera. Mas aperfeiçoar-nos-á o coração, se buscarmos aproveitá-la.

A incompreensão dói. Contudo, oferece-nos excelente oportunidade de compreender.

A luta perturba. Todavia, será portadora de incalculáveis benefícios, se lhe aceitarmos o concurso.

O desespero destrói. Diante dele, porém, encontramos ensejo de cultivar a serenidade.

O ódio enegrece. No entanto, descortina bendito horizonte à revelação do amor.

A aflição esmaga. Abre-nos, todavia, as portas da ação consoladora.

O choque assombra. Nele, contudo, encontraremos abençoada renovação.

A prova tortura. Sem ela, entretanto, é impossível a aprendizagem.

O obstáculo aborrece. Temos nele, porém, legítimo produtor de elevação e capacidade.

Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Que Mais Sofremos

O que mais sofremos no mundo -
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar - lhes os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflição que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.


Xavier, Francisco Cândido.
Ditado pelo Espírito Albino Teixeira.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Nossos Entes Queridos

Um ponto importante, nas relações afetivas: a nossa atitude para com os entes amados. Habitualmente, em nossa dedicação, somos tentados a escolher caminhos que supomos devam eles trilhar.

Inclinação esta mais do que justa, porquanto muito instintivamente desejamos para os outros alegrias semelhantes às nossas.

Urge considerar, entretanto, que Deus não dá cópias.

Dos pés à cabeça e de braço a braço, cada criatura é um mundo por si, gravitando para determinadas metas evolutivas, em órbitas diferentes.

À face disso, cada pessoa possui necessidades originais e tem o passo marcado em ritmo diverso. A vida, como sucede à escola, é igual para todos nos valores do tempo; no entanto, cada aprendiz da experiência humana, qual ocorre no educandário, estagia provisoriamente em determinado caminho de lições.

Aquele companheiro terá tomado corpo na Terra a fim de casar-se e construir a família; outro, porém, ter-se-á incorporado no plano físico para a geração de obras espirituais com imperativos de serviço muito diferentes daqueles da procriação propriamente considerada.

Essa irmã terá nascido no mundo para a formação de filhos destinados à sustentação da vida planetária; aquela outra, todavia, terá vindo ao campo dos homens a fim de servir a causas generosas em regime de celibato.

Cada coração pulsa em faixa específica de interesses afetivos.

Cada pessoa se ajusta a certa função, compreendendo assim, sempre que a nossa ternura se proponha traçar caminhos para os entes amados, saibamos consagrar-lhes, em silêncio, respeitoso carinho, e, se quisermos auxiliá-los, oremos por eles, rogando à Sabedoria Divina os inspire e ilumine, de vez que só Deus sabe no íntimo de nós todos aquilo que mais convém ao burilamento e à felicidade de cada um.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Rumo Certo.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

domingo, 23 de novembro de 2008

Louvado Seja Deus

O velho André era um escravo resignado e sofredor.

Certo dia, ele soube que Jesus nos ensinara a santificar o nome de Deus e prometeu a si mesmo jamais praticar o mal.

Se o feitor da fazenda o perseguia, André perdoava e dizia de todo o coração: - Louvado seja Deus.

Se algum companheiro tentava-o a fugir das obrigações de cada dia, considerando as injustiças que os cercavam, ele dizia contar com a Bondade Divina, indicava o céu e repetia: - Louvado seja Deus.

Quando veio a libertação dos cativos, o dono da fazenda chamou-o e disse-lhe que a pobreza e a doença lhe batiam à porta e pediu-lhe que não o abandonasse. Todos os companheiros se ausentaram, embriagados de alegria, mas André teve compaixão do Senhor, agora humilhado, e permaneceu no serviço, imaginando que Deus estaria satisfeito com o seu procedimento.

O proprietário da terra, pouco a pouco, perdeu o que possuía, arruinado pela enfermidade, mas o generoso servidor cuidou dele, até à morte, afirmando sempre: - Louvado seja Deus.

André estava cansado e envelhecido, quando o antigo patrão faleceu. Quis trabalhar, mas o corpo encarquilhado curvava-se para o chão, com muitas dores.

Esmolou, então, com humildade e paciência e, de cada vez que recebia algum pão para saciar a fome ou algum trapo para cobrir o corpo, exclamava alegremente: - Louvado seja Deus.

Certa noite, muito sozinho, com sede e febre, notou que alguém penetrava em sua choça de palha. Quem seria?

Em poucos instantes, um anjo erguia-se à frente dele.

Acanhado e aflito, quis falar alguma coisa, mas não pôde. O anjo, porém, sorrindo, abraçou-o e exclamou:

André, o nome de Nosso Pai Celestial foi exaltado por seu coração e vim buscar você para que a sua voz possa louvá-lo agora no céu.

No dia seguinte, o corpo do velho escravo apareceu morto na choupana, mas, sobre o teto rústico as aves pousavam, cantando, e muita gente afirmou que os passarinhos pareciam repetir: - Louvado seja Deus!


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.

sábado, 22 de novembro de 2008

O Cooperador

Imagina-te à frente de um violino. Instrumento que te espera sensibilidade e inteligência, atenção e carinho para vibrar contigo na execução da melodia.

Se o tomas de arranco, é possível te caia das mãos, desafinando-se, quando não seja perdendo alguma peça.

Se esquecido em algum recanto, é provável se transforme em ninho de insetos que lhe dilapidarão a estrutura.

Se usado, a feição de martelo, fora da função a que se destina, talvez se despedace.

Entretanto, guardado em lugar próprio e manejado na posição certa, como a te escutar o coração e o cérebro, ei-lo que te responde com a sublimidade da música.

Assim, igualmente na vida, é o companheiro de quem esperas apoio e colaboração.

Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo, se lhe buscas o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível te escape da área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho.

Se largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências claramente infelizes, capazes de lhe envenenarem a alma.

Se empregado por veículo de intriga ou maledicência, fora das funções edificantes a que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo.

Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se mobilizado na posição certa, como a te receber as melhores vibrações do coração e do cérebro, ei-lo que te corresponde com a excelência e a oportunidade da colaboração segura, em bases de amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.

Pensemos nisso e concluiremos que é impossível encontrar cooperadores eficientes e dignos, sem indulgência e compreensão.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Caridade.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Aflição Vazia

Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.

Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.

No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.

Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranqüila.

Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária...

Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a idéia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.

Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.

Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho.

E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Encontro marcado.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Medicamentos Evangélicos

Ajude sempre.
Não tema.
Jamais desespere.
Aprenda incessantemente.
Pense muito.
Medite mais.
Fale pouco.
Retifique, amando.
Trabalhe feliz.
Dirija, equilibrado.
Obedeça, contente.
Não se queixe.
Siga adiante.
Repare além.
Veja longe.
Discuta serenamente.
Faça luz.
Semeie paz.
Espalhe bênçãos.
Lute, elevando.
Seja alegre.
Viva desassombrado.
Demonstre coragem.
Revele calma.
Respeite tudo.
Ore, confiante.
Vigie, benevolente.
Caminhe, melhorando.
Sirva hoje.
Espere o amanhã.

Xavier, Francisco Candido.
Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Como Respondeu?

“Perdoar aos inimigos é pedir
perdão para si próprio; perdoar
aos amigos é dar-lhes uma prova
de amizade; perdoar as ofensas é
mostrar-se melhor do que era.”
(Alan Kardec, E.S.E. Cap.X, ltem 15.)

À hora de cólera, você exclamou: “Vingar-me-ei!” E perdeu uma feliz oportunidade de exercitar o perdão.

Escarnecido pela ignorância, você retrucou: “Infeliz perseguidor!” E malbaratou o ensejo de iluminar em silêncio.

Esbofeteado pela agressividade da intolerância, você reagiu: “Nunca mais terás outra ocasião de ferir-me!” E desperdiçou a lição do sofrimento.

Dominado pela preguiça, você justificou: “Amanhã farei a assistência programada.” E esqueceu que agora é a hora da ação editicante.

Acuado pela perseguição geral, você indagou: “Por que Deus me abandonou?” E não enxergou a Divina Presença na linguagem do testemunho que lhe era solicitado.

Aturdido pela maledicência, você desabafou: “Ninguém presta!”. E feriu, sem motivo, muitas almas boas ,generalizando a invigilância e a crueldade.

Esmagado pela pobreza, você inquiriu: “Onde o socorro celeste?” E atestou o apego às coisas terrenas.

Ante a felicidade aparente dos levianos, você disse: “Só os maus vencem!” E desrespeitou a fé cristã que você vive, inspirada na cruz de ignomínia onde Ele pereceu.

Ao impacto de acusações injustas, você baqueou: “Estou perdido!” E não se recordou d'Aquele que é o nosso Caminho.

Entretanto, poderia dizer sempre: “Em ti confio, Senhor, e a Ti me entrego.” E Ele, que nunca abandona os que n'Ele confiam, saberia ajudá-lo incessantemente.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Autoconscientização

Os dias atuais, caracterizados pelos conflitos psicológicos, em face do tumulto que domina o pensamento da sociedade e as ambições de cada indivíduo, exigem profundas reflexões, a fim de que a harmonia permaneça nos sentimentos humanos e na conduta pessoal em relação a si mesmo.

As admiráveis conquistas da Psicologia profunda, contribuindo para a solução dos muitos distúrbios que se apresentam perturbadores, convidam à meditação em torno da realidade que se é, para que sejam superados os condicionamentos em que se encontra, de forma a situar-se com equilíbrio ante os desafios e as injunções, não raro, penosos, que se apresentam em toda parte exigindo decisões inadiáveis.

Atordoando-se ante o volume das atividades que defronta, o indivíduo percebe-se desequipado de valores que lhe facultem uma boa administração das injunções em que se encontra, não sabendo o rumo que deve seguir.

Convidado, porém, à auto-reflexão, à autoconscientização mediante as quais poderá descobrir a sua realidade essencial, recusa-se por automatismo, receando penetrar-se em profundidade, em razão do atavismo castrador a que se submete.

A sombra que o condiciona ao aceito e determinado ameaça-o de sofrimento, caso busque iluminar o seu lado escuro, permitindo-lhe a autoidentificação que se encarregará de libertá-lo das aflições e conflitos de comportamento, que são heranças ancestrais nele prevalecentes.

Vitimado pelo jogo das paixões sensoriais, anula a própria alma que discerne, e procura não se deixar vencer pelos desejos infrenes que o arrastam ao jogo ilusório do prazer desmedido.

Apresentando-se incapaz, no entanto, de lutar pela libertação interior, permite-se arrastar mais facilmente pelo tumulto dos jogos da sensualidade, naufragando nas aspirações de enobrecimento e de cultura, de beleza e de espiritualidade, temendo perder a oportunidade que a todos é oferecida de desfrutar as facilidades e permissões morais que constituem a ordem do dia.

A estrutura psicológica do ser humano é trabalhada por mecanismos muito delicados, sofrendo os golpes violentos da ignorância, do prazer brutalizado, dos vícios inveterados. Não suportando a alta carga de tensões que esses impositivos lhe exigem, libera conflitos e temores primitivos que estão adormecidos, desequilibrando as emoções, cujos equipamentos sutis geram distonias e depressões.

O desvario do sexo, que se tornou objeto de mercado, transformando homens e mulheres em coisas de fácil aquisição, é também instrumento de projeção social, de conquista econômica, de exaltação do ego, despertando nas mentes imaturas psicologicamente ânsias malcontidas de desejos absurdos, nele centralizando todas as aspirações, por considerá-lo indispensável ao triunfo no círculo em que se movimenta.

Incompleto, por não saber integrar os seus conteúdos psicológicos da anima à sua masculinidade e do animus à sua feminilidade, conseguindo a realização da obra-prima que lhe deve constituir meta, o ser humano deixa-se arrastar pelas imposições de um em detrimento do outro, afligindo-se sem saber por qual motivo.

Procura, então, agônico e insatisfeito, recuperação na variedade dos prazeres, identificando-se mais confuso, a um passo de transtorno sempre mais grave, qual ocorre a todo instante no organismo social e nos relacionamentos inter-pessoais.

A sombra governa-o, e ele se recusa à luz da libertação.

O Apóstolo Paulo afirmou: Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse eu faço. (Romanos, 7-19.)

Nesse auto-reconhecimento, o nobre servidor do Evangelho de Jesus denunciava a existência do seu lado escuro, impulsionando-o a atitudes que reprovava e não conseguia impedir-se de praticar. Mediante, porém, esforço perseverante e autoconscientização da própria fragilidade psicológica, o arauto da Era Nova conseguiu atingir a culminância do seu apostolado, quando proclamou: (...) E vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim... (Gálatas, 2:20.)

Somente através da coragem para encontrar a consciência mediante uma análise tranqüila das possibilidades de que dispõe é que a criatura humana logrará liberar-se da situação conflitiva que a domina, facultando-se selecionar os valores reais daqueles ilusórios aos quais se atribui significados, mas que sempre deixam frustração e vazio existencial.

A experiência física tem objetivos bem delineados que se apresentam acima da vacuidade dos interesses imediatistas que dominam na moderna sociedade consumista. Esse seu consumismo exterior resulta dos obscuros conflitos internos que projetam para fora e para outrem sua imagem de inquietação, transferindo-a do eu profundo, como necessidade de agitação para fugir de si mesmo.

Sucede que, nessa ansiosa projeção, o ser se torna consumido pelos demais, e por sua vez, destituído dos sentimentos profundos de amor, procura consumir os outros, utilizando dos seus recursos e qualidades reais ou imaginárias para saciar a sede de prazer em que se aturde, e seguir adiante.

Não saciado, porque essas experiências somente mais afligem, surge a necessidade das extravagâncias, pelas libações alcoólicas, pelo uso de substâncias químicas alucinantes, pelas aberrações sexuais intituladas de variedades para o prazer, pela agressividade, pela violência, ou pela queda nos abismos da depressão, da loucura, do suicídio...

A única alternativa disponível, portanto, para o ser humano de hoje, qual ocorreu com o de ontem, é o mergulho interior, a autodescoberta, a conscientização da sua realidade de Espírito imortal em viagem transitória pelo corpo, a fim de adquirir novas realizações, reparando males anteriores e conseguindo harmonia íntima, para que possa desfrutar de todas as concessões que se lhe encontram à disposição, premiando-o pelo esforço de autoconquista e autolibertação.

Naturalmente que, ao ser ativado o mecanismo de identificação do ser real, o hábito da fuga dos compromissos superiores induz à projeção, para poupar-se à dor, o que constitui um grande erro, porquanto o sofrimento se tornará ainda mais penoso.

É óbvio que somente a claridade vence as sombras, e a autoconscientização é o foco de luz direcionado à escuridão que predomina no comportamento psicológico do ser humano.

Jesus asseverou com propriedade ser a luz do mundo, porque a Humanidade se encontrava em profunda escuridão, qual ocorre nos dias presentes.

A Sua é a mensagem de responsabilidade pessoal perante a vida, e de serviço constante em favor de si mesmo e da coletividade.

Trazendo aos homens e mulheres o Seu exemplo de amor e de abnegação, não se propôs carregar o fardo do mundo, a fim de liberá-los de suas responsabilidades, mas ensinou a todos como conduzirem os seus problemas e angústias, solucionando-os com o amor a Deus, a si mesmos e ao próximo, por ser esse sentimento de amor a perene luz de libertação de toda a sombra existente no mundo íntimo e na sociedade em geral.


Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Extinção do Mal

Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.

Por isso, a condenação não entra em linha de conta nas manifestações da Misericórdia Divina.
Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.

A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.

A propósito, meditemos.

O Senhor corrige:

a ignorância: com a instrução;

o ódio: com o amor;

a necessidade: com o socorro;

o desequilíbrio: com o reajuste;

a ferida: com o bálsamo;

a dor: com o sedativo;

a doença: com o remédio;

a sombra: com a luz;

a fome: com o alimento;

o fogo: com a água;

a ofensa: com o perdão;

o desânimo: com a esperança;

a maldição: com a benção.

Somente nós, as criaturas humanas, por vezes, acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.

Simples ilusão.

O mal não suprime o mal.

Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.


Xavier, Francisco Cândido;
Baccelli, Carlos A..
Da obra: Brilhe Vossa Luz.
Ditado pelo Espírito Bezerra de Menezes.

domingo, 16 de novembro de 2008

Sempre Chamados

O Cristão é chamado a servir em toda parte.

Na casa do sofrimento, ministrará consolação.

Na furna da ignorância, fará consolação.

No castelo do prazer, ensinará a moderação.

No despenhadeiro do crime, sustará quedas.

No carro do abuso, exemplificará sobriedade.

Na toca das trevas, acenderá luz.

No nevoeiro do desalento, abrirá portas ao bom ânimo.

No inferno do ódio, multiplicará bênçãos de amor.

Na praça da maldade, dispensará o bem.

No palácio da justiça, colocar-se-á no lugar do réu, a fim de examinar os erros dos outros.

Em todos os ângulos do caminho, encontraremos sugestões do Senhor, desafiando-nos a servir.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

sábado, 15 de novembro de 2008

Pensamentos

Deus é nosso Pai.

Somos irmãos uns dos outros.

Jesus é o Divino Mestre que Deus nos enviou.

A oração é o meio imediato de nossa comunhão com o Pai Celestial.

Nossos melhores pensamentos procedem da inspiração do Alto.

A presença de Deus pode ser facilmente observada na bondade permanente e na inteligência silenciosa da Natureza que nos cerca.

Devemos amar-nos uns aos outros.

A voz divina pode ser reconhecida nos bons conselhos.

Sempre que ajudarmos, seremos ajudados.

Em nossa terna Mãezinha,Cheia de santa afeição,Sentimos que Deus nos fala No fundo do coração.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Instante Divino

Não deixes passar, desapercebido, o teu divino instante de ajudar.

Surge, várias vezes nos sessenta minutos de cada hora, concitando-te ao enriquecimento de ti mesmo.

Repara, vigilante.

Aqui, é o amigo que espera por uma frase de consolo. Ali, é alguém que te roga insignificante favor.

Além, é um companheiro exausto no terreno árido das provas, na expectativa de um gesto de solidariedade.

Acolá, é um coração dorido que te pede algumas páginas de esperança. Mais além, é um velhinho que sofre e a quem um simples sorriso teu pode reanimar.

Agora, é um livro edificante que podes emprestar ao irmão de luta. Depois, é o auxílio eficiente com que será possível o socorro ao próximo necessitado.

Não te faças desatento.

Não longe de tua mesa, há quem suspire por um caldo reconfortante. E, enquanto te cobres, feliz, há quem padeça frio e nudez, em aflitiva expectação.

As horas voam.

Não te detenhas.

Num simples momento, é possível fazer muito.

Ao teu lado, a multidão das necessidades alheias espera por teu braço, por tua palavra, por tua compreensão...

Vale-te, pois, do instante que foge e semeia bênçãos para que o mundo não se empobreça de miséria e, em se fazendo hoje mais rico de amor, possa fazer-te, amanhã, mais rico de luz.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Relicário de Luz.
Ditado pelo Espírito José de Castro.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Defenda-se

Não converta seus ouvidos num paiol de boatos. A intriga é uma víbora que se aninhará em sua alma.

Não transforme seus olhos em óculos da maledicência. As imagens que você corromper viverão corruptas na tela se sua mente.

Não Faça de suas mãos lanças para lutar sem proveito. Use-as na sementeira do bem.

Não menospreze sua faculdades criadoras, centralizando-as nos prazeres fáceis. Você responderá pelo que fizer delas.

Não condene sua imaginação às excitações permanentes. Suas criações inferiores atormentarão seu mundo íntimo.

Não conduza seus sentimentos à volúpia de sofrer. Ensine-os a gozar o prazer de servir.

Não procure o caminho do paraíso, indicando aos outros a estrada para o inferno. A senda para o Céu será construída dentro de você mesmo.


André Luiz
(Mensagem retirada do livro "Agenda Cristã" psicografia de Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Suporta

Nos momentos de crise,
Não te abatas. Escuta.

Por nada te revoltes,
Nem te amedrontes. Ora.

Suporta a provação.
Não reclames. Aceita.

Não grites com ninguém.
Nem firas. Abençoa.

Lance de sofrimento
É o ensejo da fé.

Silencia. Deus sabe
O instante de intervir.

Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Caminhos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Libertação de Consciência

Não aguardemos que o aplauso do mundo coroe as nossas expectativas.

Não esperemos que as alegrias nos adornem de louros ou que uma coroa de luz desça sobre a nossa cabeça, vestindo-nos de festa.

Quem elegeu Jesus, não pode ignorar a cruz da renúncia.

Quem O busca, não pode desdenhar a estrada áspera do Gólgota.

Quem com Ele se afina, não pode esquecer que, Sol de primeira grandeza como é, desceu à sombra da noite, para ser o porto de segurança luminosa, no qual atracaremos a barca de nosso destino.

Jesus é o nosso máximo ideal humano, Modelo e Guia seguro.

Aquele que travou contato com a Sua palavra nunca mais O esquece.

Quem com Ele se identifica, perdeu o direito à opção, porque a sua, passa a tornar-se a opção dEle, sem o que, a vida não tem sentido.

Não é esta a primeira vez que nos identificamos com o Seu verbo libertador. Abandoná-lo é infidelidade, que O troca pelos ouropéis e utopias do mundo, de breve duração.

Não é esta a nossa experiência única no santuário da fé, que abraçamos desde a treva medieval, erguendo monumentos ao prazer, distantes da convivência com a dor.

Voltamos à mesma grei, para podermos, com o Pensamento Divino vibrando em nós, lograr uma perfeita identificação.

Lucigênitos, procedemos do Divino Foco, para o qual marchamos.

Seja, pois, a nossa caminhada assinalada pelas pegadas de claridade na Terra, a fim de que, aquele que venha após os nossos passos, encontre as setas apontando o caminho.

Jesus não nos prometeu os júbilos vazios dos tóxicos da ilusão. Não nos brindou com promessas vãs, que nos destacassem no cenário transitório da Terra. Antes, asseverou, que verteríamos o pranto que precede à plenitude, e teríamos a tristeza e a solidão que antecedem à glória solar.

Não seja, pois, de surpreender que, muitas vezes, a dificuldade e o opróbrio, o problema e a solidão caracterizem a nossa marcha. Não seja de surpreender, portanto, que nos vejamos em solidão com Ele, já que as Suas, serão as mãos que nos enxugarão o pranto, enquanto nos dirá, suavemente: Aqui estou!

Perseveremos juntos, cantando o hino da alegria plena na ação que liberta consciências, na atividade que nos irmana e no amor que nos felicita.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Teu Corpo

Não menosprezes teu corpo, a pretexto de ascensão à virtude.

Recorda que a semente responsável pelo pão que te supre a mesa, em muitas ocasiões, se valeu do adubo repelente a fim de poder servir-te e que a água a derramar-se do vaso para acalmar-te a sede, quase sempre, foi filtrada no charco, para que a secura não te arruinasse a existência.

O corpo físico é o santuário em que te exprimes no mundo.

Não olvides semelhante verdade para que não respondas com o desleixo à Previdência Divina que, com ele, te investiu na posse de valiosos recursos para o teu aperfeiçoamento de espírito na vida imperecível.

Realmente, as almas vacilantes na fé e ainda aprisionadas às teias da ignorância arrojam-no aos desvãos da aventura e da inutilidade, mas os caracteres valorosos e acordados para o bem, dele fazem o precioso veículo para o acesso às alturas.

Com o corpo terrestre, Maria de Nazaré honorificou a missão da Mulher, recebendo Jesus nos braços maternais e Paulo de Tarso exalçou o Cristianismo nascente, atingindo o heroísmo e a sublimação... Com ele Francisco de Assis imortalizou a bondade humana; Iordano Bruno lobrigou a multiplicidade dos mundos habitados; Galileu observou o movimento da Terra em plena vida cósmica; Vicente de Paulo teceu o poema inesquecível da caridade e Beethoven trouxe ao ouvido humano as melodias celestiais...

Lembra-te de que teu corpo é harpa divina.

E ao invés de lhe condenares as cordas ao abandono e à destruição, tange nelas, com o próprio esforço, o hino do trabalho e da fraternidade, da compreensão e da luz, que te fará nota viva e harmoniosa na sintonia de amor universal com que a Beleza Eterna exalta incessantemente a Sabedoria Infinita de Deus.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Viajor.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

domingo, 9 de novembro de 2008

Esforço Pessoal

As grandes conquistas da Humanidade têm começo no esforço pessoal de cada um.
Disciplinando-se e vencendo-se a si mesmo, o homem consegue agigantar-se, logrando resultados expressivos e valiosos.

Estas realizações, no entanto, têm início nele próprio.

E possível que não consigas descobrir novas terras, a fim de te tornares célebre. Todavia, poderás desvelar-te interiormente para o bem, fazendo-te elemento precioso no contexto social onde vives.

Certamente, não lograrás solucionar o problema da fome na Terra. Não obstante, poderás atender a algum esfaimado que defrontes, auxiliando a diminuir o problema geral.

Não terás como evitar os fenômenos sísmicos desastrosos que, periodicamente, abalam o planeta. Assim mesmo, dispões de recursos para que a onda de acidentes morais não dizime vidas preciosas ao teu lado.

De fato, não terás como impedir as enfermidades que ceifam as multidões que lhes tombam, inermes, ao contágio avassalador. Apesar disso, tens condições de oferecer as terapias preventivas do otimismo, da coragem e da esperança.

Diante das ameaças de guerra, das lutas e do terrorismo existentes que matam e mutilam milhões de homens, te sentes sem recursos para fazê-los cessar, mudando-lhes o rumo para a paz. Entretanto, a tua conduta pacífica e os teus esforços de amor serão instrumentos para gerar alegria e tranqüilidade onde estejas e entre aqueles com os quais compartes as tuas horas.

A violência urbana e a criminalidade reinantes não serão detidas ao preço dos teus mais sinceros desejos e tentativas honestas. Sem embargo, a tarefa de educação que desempenhes, modesta que seja, influenciará alguém em desalinho, evitando-lhe a queda no abismo da agressividade.

As sucessivas ondas de alienação mental e suicídios, que aparvalham a sociedade, não cessarão de imediato sob a ação da tua vontade. Muito embora, a tua paciência e bondade, a tua palavra de fé e de luz, conseguirão apaziguar aquele que as receba. oferecendo-lhe reajuste e renovação.

Naturalmente, o teu empenho máximo não alterará o rumo das Leis de gravitação universal. Mas, se o desejares, contribuirás para o teu e o equilíbrio do teu próximo, em torno do Sol de Primeira Grandeza que é Jesus. *

Os problemas globais merecem respeito. Mas, os individuais, que se somam, produzindo volume, são factíveis de solução.

A inundação resulta da gota de água.

A avalanche se dá ante o deslocamento de pequenas partículas que se desarticulam.

A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica.

Desta forma, faze a tua parte, mínima que seja, e o mundo melhorar-se-á.

A sociedade, qual ocorre com o indivíduo. é o resultado de si mesma.

Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade.

E, partindo do teu empenho pessoal, para ser mais feliz, ampliando a área de bem-estar para outros, o mundo se fará mais ditoso e o mal baterá em retirada.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Momentos de Coragem.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sábado, 8 de novembro de 2008

Os Infortúnios Ocultos

Nas grandes calamidades, a caridade se emociona e observam-se impulsos generosos, no sentido de reparar os desastres. Mas, a par desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam despercebidos: os dos que jazem sobre um grabato sem se queixarem. Esses infortúnios discretos e ocultos são os que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que peçam assistência.

Quem é esta mulher de ar distinto, de traje tão simples, embora bem cuidado, e que traz em sua companhia uma mocinha tão modestamente vestida? Entra numa casa de sórdida aparência, onde sem dúvida é conhecida, pois que à entrada a saúdam respeitosamente. Aonde vai ela? Sobe até a mansarda, onde jaz uma mãe de família cercada de crianças. À sua chegada, refulge a alegria naqueles rostos emagrecidos.

E que ela vai acalmar ali todas as dores. Traz o de que necessitam, condimentado de meigas e consoladoras palavras, que fazem que os seus protegidos, que não são profissionais da mendicância, aceitem o benefício, sem corar. O pai está no hospital e, enquanto lá permanece, a mãe não consegue com o seu trabalho prover às necessidades da família. Graças à boa senhora, aquelas pobres crianças não mais sentirão frio, nem fome; irão à escola agasalhadas e, para as menorzinhas, o leite não secará no seio que as amamenta.

Se entre elas alguma adoece, não lhe repugnarão a ela, à boa dama, os cuidados materiais de que essa necessite. Dali vai ao hospital levar ao pai algum reconforto e tranqüilizá-lo sobre a sorte da família. No canto da rua, uma carruagem a espera, verdadeiro armazém de tudo o que destina aos seus protegidos, que todos lhe recebem sucessivamente a visita.

Não lhes pergunta qual a crença que professam, nem quais suas opiniões, pois considera como seus irmãos e filhos de Deus todos os homens. Terminado o seu giro, diz de si para consigo: Comecei bem o meu dia. Qual o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, é um nome que nada indica; mas é o anjo da consolação. A noite, um concerto de benções se eleva em seu favor ao Pai celestial: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.

Por que tão singelo traje? Para não insultar a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha? Para que aprenda como se deve praticar a beneficência. A mocinha também quer fazer a caridade. A mãe, porém, lhe diz: "Que podes dar, minha filha, quando nada tens de teu? Se eu te passar às mãos alguma coisa para que dês a outrem, qual será o teu mérito?

Nesse caso, em realidade, serei eu quem faz a caridade; que merecimento terias nisso? Não é justo. Quando visitamos os doentes, tu me ajudas a tratá-los. Ora, dispensar cuidados é dar alguma coisa. Não te parece bastante isso? Nada mais simples. Aprende a fazer obras úteis e confeccionarás roupas para essas criancinhas. Desse modo, darás alguma coisa que vem de ti." É assim que aquela mãe verdadeiramente cristã prepara a filha para a prática das virtudes que o Cristo ensinou. E espírita ela? Que importa!

Em casa, é a mulher do mundo, porque a sua posição o exige. Ignoram, porém, o que faz, porque ela não deseja outra aprovação, além da de Deus e da sua consciência. Certo dia, no entanto, imprevista circunstância leva-lhe a casa uma de suas protegidas, que andava a vender trabalhos executados por suas mãos. Esta última, ao vê-la, reconheceu nela a sua benfeitora. "Silêncio! ordena-lhe a senhora. Não o digas a ninguém." Falava assim Jesus.

Allan Kardec.
Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Trabalho

"E Jesus lhes respondeu: Meu
Pai obra até agora, e eu trabalho
também."
(João, 5:17.)

Em todos os recantos, observamos criaturas queixosas e insatisfeitas.
Quase todas pedem socorro. Raras amam o esforço que lhes foi conferido. A maioria revolta-se contra o gênero de seu trabalho.

Os que varrem as ruas querem ser comerciantes; os trabalhadores do campo prefeririam a existência na cidade.

O problema, contudo, não é de gênero de tarefa, mas o de compreensão da oportunidade recebida.

De modo geral, as queixas, nesse sentido, são filhas da preguiça inconsciente. É o desejo ingênito de conservar o que é inútil e ruinoso, das quedas no pretérito obscuro.

Mas Jesus veio arrancar-nos da "morte no erro". Trouxe-nos a bênção do trabalho, que é o movimento incessante da vida.

Para que saibamos honrar nosso esforço, referiu-se ao Pai que não cessa de servir em sua obra eterna de amor e sabedoria e à sua tarefa própria, cheia de imperecível dedicação à Humanidade.

Quando te sentires cansado, lembra-te de que Jesus está trabalhando. Começamos ontem nosso humilde labor e o Mestre se esforça por nós, desde quando?


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Caminho, Verdade e Vida.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Solicitação Fraterna

Ajude com a sua oração a todos os irmãos:
que jamais encontram tempo ou recursos para serem úteis a alguém;

que se declaram afrontados pela ingratidão, em toda a parte;

que trajam os olhos de luto para enxergarem o mal, em todas as situações;

que contemplam mil castelos nas nuvens, mas que não acendem nem uma vela no chão;

que somente cooperam na torre de marfim do personaiísmo, sem he descerem os degraus para colaborar com os outros;

que se acreditam emissários especiais e credores dos benefícios de exceção;

que devoram precioso tempo dos ouvintes, falando exclusivamente de si;

que desistem de continuar aprendendo na luta humana;

que exibem o realejo da desculpa para todas as faltas;

que sustentam a vocação de orquídeas no salão do mundo;

que se julgam centros compulsórios das atenções gerais;

que fazem o culto sistemático à enfermidade e ao obstáculo.

São doentes graves que necessitam do Amparo Silencioso.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O importante

O importante é o sorriso,
a pureza da criança;
o importante é conservarmos a criança em nós;
o importante é superar as desavenças
com rápido perdão, total superação.
O importante é deitar à noite com o coração em paz,
com a sensação do dever cumprido,
sem peso na consciência.
O importante é saber perdoar a nós mesmos,
se cometermos alguma falha: afinal somos humanos,
renascendo plenamente,
a exemplo do Sol,
que todos os dias renasce pleno,
majestoso e livre do que fora no dia anterior,
aquecendo e gerando novas vidas.
Precisamos acordar todas as manhãs
com o olhar brilhante,
mesmo que haja chuva,
renascendo de todo o passado,
pois o presente é o tempo de amar,
é o tempo de viver, de perdoar e de ser perdoado.
O importante é viver com plenitude,
renascendo sempre, em cada manhã.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O Pequeno Aborrecimento

Um moço de boas maneiras, incapaz de ofender os que lhe buscavam o concurso amigo, sempre meditava na Vontade de Deus, disposto a cumpri-la.

Certa vez, muito preocupado com o horário, aproximou-se de um pequeno ônibus, com a intenção de aproveitá-lo para a travessia de extenso trecho da cidade em que morava, mas, no momento exato em que o ia fazer, surgiu-lhe à frente um vizinho, que lhe prendeu a atenção para longa conversa.

O rapaz consultava o relógio, de segundo a segundo, deixando perceber a pressa que o levava a movimentar-se rápido, mas o amigo, segurando-lhe o braço, parecia desvelar-se em transmitir-lhe todas as minudências de um caso absolutamente sem importância.

Contrafeito com a insistência da conversação aborrecida e inútil, o jovem ouvia o companheiro, por espírito de gentileza, quando o veículo largou sem ele.

Daí a alguns minutos, porém, correu inquietante a notícia.

A máquina estava sendo guiada por um condutor embriagado e precipitara-se num despenhadeiro, espatifando-se.

Ouvindo com paciência uma palestra incômoda, o moço fora salvo de triste desastre.

O jovem refletiu sobre a ocorrência e chegou à conclusão de que, muitas vezes, a Vontade Divina se manifesta, em nosso favor, nas pequenas contrariedades do caminho, ajudando-nos a cumprir nossos mais simples deveres, e passou a considerar, com mais respeito e atenção, as circunstâncias inesperadas que nos surgem à frente, na esfera dos nossos deveres de cada dia.



Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Na Luta Vulgar

"Pois aquilo que o homem semear,
isso também ceifará"
Paulo (Gálatas, 6:7)

Não é preciso morrer na carne para conhecer a lei das compensações.

Reparemos a luta vulgar.

O homem que vive na indiferença pelas dores do próximo, recebe dos semelhantes a indiferença pelas dores que lhe são próprias.

Afastemo-nos do convívio social e a solidão deprimente será para nós a resposta do mundo.

Se usamos a severidade para com os outros, seremos julgados pelos outros com rigor e aspereza.

Se praticamos em sociedade ou em família a hostilidade e a aversão, entre parentes e vizinhos encontraremos a antipatia e a desconfiança.

Se insultamos nossa tarefa com a preguiça, nossa tarefa relegar-nos-á à inaptidão.

Um gesto de carinho para com o desconhecido na via pública granjear-nos-á o concurso fraterno dos grupos anônimos que nos cercam.

Pequeninas sementeiras de bondade geram abençoadas fontes de alegria.

O trabalho bem vivido produz o tesouro da competência.

Atitudes de compreensão e gentileza estabelecem solidariedade e respeito, junto a nós.

Otimismo e esperança, nobreza de caráter e puras intenções atraem preciosas oportunidades de serviço, em nosso favor.

Todo dia é tempo de semear.

Todo dia é tempo de colher.

Não é preciso atravessar a sombra do túmulo para encontrar a justiça, face a face. Nos princípios de causa e efeito, achamo-nos incessantemente sob a orientação dela, em todos os instantes de nossa vida.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Fonte Viva.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

domingo, 2 de novembro de 2008

Em Seu Benefício

Não se agaste com o ignorante; certamente, não dispõe ele das oportunidades que iluminaram seu caminho.

Evite aborrecimentos com as pessoas fanatizadas; permanecem no cárcere do exclusivismo e merecem compaixão como qualquer prisioneiro.

Não se perturbe com o malcriado; O irmão intratável tem, na maioria das vezes, o fígado estragado e os nervos doentes.

Ampare o companheiro inseguro; talvez não possua o necessário, quando você detém excessos.

Não se zangue com o ingrato; provavelmente, é desorientado ou inexperiente.

Ajude ao que erra; seus pés pisam o mesmo chão, e, se você tem possibilidades de corrigir, não tem o direito de censurar.

Desculpe o desertor; ele é fraco e mais tarde voltará à lição.

Auxilie o doente; agradeça ao Divino Poder o equilíbrio que você está conservando.

Esqueça o acusador; ele não conhece o seu caso desde o princípio.

Perdoe ao mau; a vida se encarregará dele.

Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

sábado, 1 de novembro de 2008

Compromisso e União

Quer você, prezada Zina,
Dar-se ao desquite comum,
No entanto, você deseja
Agir sem remorso algum.

E afirma: "Diga, Cornélio,
Diga o que posso fazer,
Tenho a mente atribulada
Entre a vontade e o dever.

Além de esposa, sou mãe...
Tenho dois filhos em casa...
Mas o marido infiel
É a provação que me arrasa!...

Dos ensinos de outro mundo,
Dê-me alguma diretriz,
Acolha fraternalmente
O apelo desta infeliz!..."

Não se sinta, minha irmã,
Desditosa ou desprezada;
Lembre: o Sol abraça a todos,
Do monte às pedras da estrada.

Na essência, prezada Zina,
O caso é assim, qual se vê:
Qualquer deliberação
Pertence, em tudo, a você.

Sociedades e grupos
São destinados, ao Bem,
Deus não cria mal nenhum,
Nem cativeiro a ninguém.

Mas Deus nos fez de tal modo
Que a Lei, por todos os lados,
Emancipa as decisões,
E analisa os resultados.

Se possível, entretanto,
Estude esta simples nota:
Quase sempre o esposo é um filho
Que a esposa protege e adota.

Muita vez antes do berço,
Pedimos no Grande Além,
Enlace em luta na Terra
Em favor da paz de alguém.

O Céu nos ouve o pedido,
Tornamos à vida nova,
Querendo agir por servir,
Nosso amor é posto à prova.

Com atender à tarefa
Sem o sacrifício no lar?
Amor é somente amor,
Nada tem a reclamar.

De outras vezes, ligação
Em fogo, martírio e chaga,
É o resgate progressivo
Do débito que se paga.

Em toda prova, no entanto,
O amor é uma luz sublime,
No trabalho, faz-se escola,
No sofrimento, redime.

Querida irmã, pense nisso:
Amor é abnegação,
Insista no amor. Não Fuja
Aos laços do coração.


Xavier, Francisco Cândido.
Ditado pelo Espírito Cornélio Pires.