A morte liberta o escravo, a morte submete o rei e papa e paga a cada um seu salário,
E devolve ao pobre o que ele perde e toma ao rico o que ele abocanha.
Hélinand de Froidmont,
em ‘Os Versos da Morte’
Um só planeta, dois mundos tão distantes... A Terra produz o suficiente para todos. Porém, há tantos que despertam e adormecem com fome... Políticos de um partido qualquer, comemoram uma vitória qualquer, numa eleição qualquer...
Cada vez mais imersa em escândalos, falcatruas e no seu eterno teatro de vaidades, a política partidária se distancia cada vez mais daqueles a quem deveria servir: o povo...
As bolsas de valores comemoram os crescentes lucros obtidos com rentáveis ações. É a festa dos ricos, cada vez mais ricos... Enquanto isso, no outro extremo, a vã espera por qualquer resto, migalha ou sobra que possa atenuar a fome... Que cruel abismo é este que construímos...?
De um lado, o consumo desenfreado, e do outro, nada para consumir... Como a vida é frágil,
se a abandonam...
Separados pelo abismo, dois mundos diferentes: de um lado, o nosso mundo, o dos abençoados pelo destino; do outro, o triste mundo da grande maioria de excluídos, esquecidos, ignorados pelo destino...
Enquanto a maioria prefere ignorar o que se passa do outro lado do abismo, existem, ainda bem, aqueles que enxergam além, se preocupam, e tentam construir pontes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário