sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Glorificando o Santo Nome

O professor contou, em aula, que, no princípio da vida na Terra, quando os minerais, as plantas e os animais souberam que era necessário santificar o nome de Deus, houve da parte de quase todos um grande movimento de atenção.

Certas pedras começaram a produzir diamantes e outras revelaram ouro e gemas preciosas.
As árvores mais nobres começaram a dar frutos.

O algodoeiro inventou alvos fios para a vestimenta do homem.

A roseira cobriu-se de flores.

A grama, como não conseguia crescer, alastrou-se pelo chão, enfeitando a Terra.

A vaca passou a fornecer leite.

A galinha, para a alegria de todos, começou a oferecer ovos.

O carneiro iniciou a criação de lã.

A abelha passou a fazer mel.

E até o bicho-da-seda, que parece tão feio, para santificar o nome de Deus fabricou fios lindos, com os quais possuímos um dos mais valiosos tecidos que o mundo conhece.

Nesse ponto da lição, como o instrutor fizera uma pausa, Pedrinho perguntou:

- Professor, e que fazem os homens para isso?

O orientador da escola pensou um pouco respondeu:

Nem todos os homens aprendem rapidamente as lições da vida, mas aqueles que procuram a verdade sabem que a nossa Inteligência deve glorificar a Eterna Sabedoria, cultivando o bem e fugindo ao mal. As pessoas que se consagram às tarefas da fraternidade, compreendendo os semelhantes e auxiliando a todos, são as almas acordadas para a luz e que louvam realmente o nome de nosso Pai Celeste.

E, concluindo, afirmou:

O Senhor deseja a felicidade de todos e, por isso, todos aqueles que colaboram pelo bem-estar dos outros são os que santificam na Terra a sua Divina Bondade.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Adversários

Respeita os adversários
e honorifica-lhes as qualidades
com o melhor apreço.

As forças
que não te protegerem
os inimigos
não te prestarão
amparo algum.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Caminhos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Convívio

Se você realmente ama aqueles que lhe compartilham a estrada, auxilie-os a ser livres para encontrarem a si mesmos, tal qual deseja você a independência própria para ser você, em qualquer lugar.

Xavier, Francisco Candido.
Da obra: Tempo e Nós.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Realização Interior

Enquanto o homem não se convencer de que lhe é necessário conquistar as paisagens íntimas, suas realizações externas deixá-lo-ão em desencanto, sob frustrações que se sucederão, tantas vezes quantas sejam as glórias alcançadas no mundo de fora.

À semelhança de uma semente, na qual dormem incontáveis recursos, que surgem a partir da germinação, cabe ao ser humano desatar os valores que lhe dormem inatos, facultando-se as condições de desenvolvimento, graças às quais logrará sua plenitude.

Muitas vezes, as dificuldades que o desafiam são fatores propiciatórios para o desabrochar dos elementos adormecidos, e para que sua destinação gloriosa seja alcançada.

O homem de bem, que reúne os valores expressivos da honra e da ação edificante, faz-se caracterizar pelo esforço, pelo empenho que desenvolve, realizando o programa essencial da vida que é sua iluminação íntima.

Somente essa identificação com o si profundo facultar-lhe-á a tranqüilidade, meta próxima a ser conseguida. Partindo dela, novas etapas surgirão, convidativas, ensejando o crescimento moral e intelectual proporcionador da felicidade real.

Todas as conquistas externas - moedas, projeção social, objetos raros, moradia, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos - não obstante úteis para a comodidade, a automação e sintonia com o mundo, bem como com a sociedade, não podem acompanhar o ser, quando lhe ocorre a fatalidade biológica da morte.

Cada qual desencarna com os recursos morais e intelectivos que amealhou, liberando-se ou não dos grilhões emocionais que o prendem às quinquilharias a que atribui valor.

Na luta pela aquisição das coisas, as batalhas se tornam renhidas, graças à competição, às angustiantes expectativas das disputas, nas quais o crime assume papel preponderante, com resultados quase sempre funestos.

Na grande transição, tudo aquilo que constituiu motivo de luta insana perde o significado, passando a afligir mais do que antes..

Não te descures da auto-iluminação.

Se buscas a consolidação da estrutura sócio-econômica pessoal e familiar, vai mais longe, e intenta a conquista dos tesouros íntimos.

Exercita as virtudes que possuis em germe, dando-lhes oportunidade de se agigantarem, arrastando outros corações.

Recorda-te, a cada instante, da brevidade do corpo físico e reivindica o treino para a morte, mantendo-te em serenidade, reflexão e ação iluminativa.

Vida interior é conquista possível, e está ao teu alcance. Logra-a, quanto antes, e sentirás a imensa alegria da plenificação.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Momentos Enriquecedores.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Observe para Atender

A piedade é o melancólico, mas
celeste precursor da caridade.
primeira das virtudes que a tem
por irmã e cujos benefícios ela
prepara e enobrece.
(Alan Kardec, E.S.E. Cap.XIII- ltem 17).

Você comentará falhas alheias, sem resultado edificante, e se fará dilapidador das fraquezas do próximo.

Você censurará o vizinho, sem lhe retificar a posição, e se converterá em juiz impiedoso das vicissitudes dos outros.

Você discutirá as imperfeições do amigo, sem lhe modificar a situação moral, e se transformará em algoz de quem já é vitima de si mesmo.

Você debaterá problemas dos conhecidos, sem os solucionar, e se tornará leviano examinador das causas que lhe não pertencem.

Você exporá feridas do caráter das pessoas, sem as medicar, e se situará na condição de enfermeiro negligente em doenças a que lhe não cabe oferecer assistência.

Cale o verbo que não ajuda, observe e sirva.

Você caminha sob a mesma ameaça. Os outros observam-no também.

Deixe que a tentação da censura morra asfixiada no algodão do silêncio.

Ninguém é infeliz por prazer.

Os que mais erram são doentes contumazes que requerem o medicamento fraterno da prece e do entendimento.

O comentário improdutivo é gás que asfixia as plantas da esperança alheia.

Sua censura é espinho na alma do vizinho.

A exposição dos insucessos do próximo é estilete a ferir-lhe a chaga aberta.

Recorde o Mestre e examine-se.

Sua ascensão apóia-se na ascensão dos companheiros.

A queda de alguém é embaraço em seu caminho.

Auxilie sem exigência e indistintamente.

Permita ao grande tempo a tarefa de corrigir e educar. Confira a você mesmo o impositivo somente de ajudar.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco.

domingo, 26 de outubro de 2008

Caridade, A Meta

Guarda, na mente, que a caridade em teus atos deve ser a luz que vence a sombra.

Enquanto não compreendas que a caridade é sempre a bênção maior para quem a realiza, ligando o benfeitor ao necessitado, estarás na fase primária da virtude por excelência.

Poderás repartir moedas, a mãos-cheias; todavia, se não mantiveres o sentimento da amizade em relação ao carente, não terás logrado alcançar a essência da caridade.

Repartirás tecidos e agasalhos com os desnudos; no entanto, se lhes não ofertares compreensão e afabilidade, permanecerás na filantropia.

Atenderás aos enfermos com medicação valiosa; entretanto, se não adicionares ao gesto a gentileza fraternal, estarás apenas desincumbindo-te de um mister de pequena monta.

Ofertarás o pão aos esfaimados; contudo, se os não ergueres com palavras de bondade, não alcançaste o sentido real da caridade.

Distribuirás haveres e coisas com os desafortunados do caminho; não obstante, sem o calor do teu envolvimento emocional em relação a eles, não atingiste o fulcro da virtude superior.

A caridade é algo maior do que o simples ato de dar.

Certamente, a doação de qualquer natureza sempre beneficia aquele que lhe sofre a falta.

Todavia, para que a caridade seja alcançada, é necessário que o amor se faça presente, qual combustível que permite o brilho da fé, na ação beneficente.

A caridade material preenche os espaços abertos pela miséria sócio-econômica, visíveis em toda parte.

Além deles, há todo um universo de necessidades em outros indivíduos que renteiam contigo e esperam pela luz libertadora do teu gesto.

A indulgência, em relação aos ingratos e agressivos;
a compaixão, diante dos presunçosos e perversos;
a tolerância, em favor dos ofensores;
a humildade, quando desafiado ao duelo da insensatez;
a piedade, dirigida ao opressor e déspota;
a oração intercessória, pelo adversário;
a paciência enobrecida, face às provocações e à irritabilidade dos outros;
a educação, que rompe as algemas da estupidez e da maldade que se agasalham nas furnas da ignorância gerando a delinqüência e a loucura...

A caridade moral é desafio para toda hora, no lar, na rua, no trabalho.

Exercendo-a, recorda também da caridade em relação a ti mesmo.

Jesus, convivendo com os homens, lecionou exemplificando todas as modalidades da caridade, permanecendo até hoje como o protótipo mais perfeito que se conhece, tornando-a a luz do gesto, que vence a sombra do mal, através da ação do amor.

Caridade, pois, eis a meta.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Vigilância.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

sábado, 25 de outubro de 2008

Sem Caridade

Sem a caridade do trabalho para as suas mãos, o seu descanso pode transformar-se em preguiça.

Sem a caridade da tolerância, o seu trabalho seguirá repleto de entraves.

Sem a caridade da simpatia para com os necessitados de qualquer procedência, as suas palavras de corrigenda serão nulas.

Sem a caridade da gentileza, a sua vida social e doméstica será sempre um purgatório de incompreensões.

Sem a caridade da desculpa fraterna, seus problemas seguirão aumentados.

Sem a caridade da lição repetida, o seu esforço não auxiliará a ninguém.

Sem a caridade da cooperação, a sua tarefa poderá descer ao isolamento enfermiço.

Sem a caridade do estímulo ao companheiro que luta, sofre e chora, no trato com as próprias imperfeições, o orgulho se lhe fará petrificado na própria alma.

Sem a caridade do auxílio incessante aos pequeninos, a vaidade viverá fortalecida em nosso espírito invigilante.

Sem a caridade do entendimento amigo, a sua franqueza será crueldade.

Sem a caridade do concurso desinteressado e fraterno, as suas dificuldades crescerão indefinidamente.

Sem caridade em nosso caminho, tudo se converterá em inquietude, sombra e sofrimento. Por isso mesmo, adverte-nos o Evangelho - "fora da caridade ou fora do amor não existe realmente salvação".

Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito André Luiz.