quinta-feira, 7 de maio de 2009

Provação Redentora

A voz que laboraste por modular docemente agora se transforma em brado de acusação impiedosa; as mãos que uniste muitas vezes dentro das tuas, em gesto de ternura, parecem prontas a esbodoar-te; o rosto tantas vezes osculado com meiguice surge congestionado diante da tua presença; os gestos que plamastes com incansável devotamento, fazem-se bruscos e violentos em desafio a tua serenidade, aqueles olhos que enxugaste com desvelo, quando choravam, fitam-te com chispas de ódio; o corpo que embalaste noites a fio, ora freme de revolta e se agiganta diante do teu atual carinho; todo aquele ser que cumulaste de amor, então, se contorce sob o gás da rebeldia e não trepida em malsinar-te, ferindo as mais caras aspirações que demoradamente acalentaste, bem como os nobres objetivos que toda a vida perseguiste - a meta da tua realização interior.

Insultado por tão grotesca reação tentas, ainda, acercar-te do ser querido, escondendo a decepção e a dor íntima; no entanto, não consegues transpor a barreira entre ti e ele, colocada propositadamente para produzir distância, não obstante o êxito dele depender do teu suor e da tua soledade, das tuas lágrimas e dos teus silêncios.

Permite-se acusar-te, censurar-te, escusar-te e não te concede a condição ao menos de "ser humano".

Reserva-se o direito de magoar-te e explora os teus sentimentos para pisoteá-los depois.

Enquanto o envolves em otimismo, há muito tempo a inferioridade dele espezinha-te com recalques cruéis, que procedem de vidas consumidas no passado do Espírito e não te oferece a concessão das queixas ou das justas censuras que são descargas da tensão que te atormenta.

E dizer que te deste com o melhor que possuías, oferecendo-te todo por ele, para e felicidade dele!

Retempera, porém, o ânimo e insiste no dever que te cabe ou que assumiste, mesmo incompreendido, apesar de sitiado pela ingratidão com ele te retribui o carinho demorado.

Seja qual for o ingrato - filho, amigo, afeto, companheiro -, é alguém vitimando-se com o ácido que o destruirá logo depois.

A ingratidão é enfermidade de erradicação difícil e demorada; a rebeldia reflete distonia espiritual; o azedume exterioriza infelicidade inferior; a agressão atesta primitivismo; o cólera é morbidez de complexa definição no campo da mente em desalinho. Todo aquele que se permite conduzir por tais famanazes da indisciplina e do orgulho merece caridade pelo tratamento do amor que ora e socorre, insiste ao lado e não revida mal por mal.

Ele, aquele que te acicata o espírito, caminhará pela estrada da experiência, avançando na rota do futuro.

Aprenderá inevitavelmente e tornar-se-á brando. Não é necessário que o desejes: a vida se encarrega de nós todos, cada um a seu turno...

É pena - e sofres com isso - que te não saibas valorizar o amor, aquele que hoje te fere e subestima.

Jesus, porém, experimentou, e em grau muito maior, a ingratidão e o desinteresse dos companheiros mais amados. Medita nEle, na sua vida e não te abales com a provação redentora.

Felizes são os que amam, e amam sempre, reconhecidos, fiéis.

Os outros, dentre os quais o ser que ora não te retribui amor por amor, já estão justiçados em si mesmos, sorvendo a amargura da inquietação e o tóxico da insegurança pessoal, que os envenenam paulatinamente.

"Mas na hora de provação volta atrás". - (Lucas 8:13).

"Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna castigo." (São Luís. (Paris, 1859) - E. S. E. - Cap.IV - Item 25).


Franco, Divaldo P..
Da obra: Florações Evangélicas.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Condições

Se trabalhas, podes servir.

Se serves, adquires o necessário.

Se dispões do necessário,

atinges a paz.

Se possuis a paz, segues

com Deus.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Caminhos.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Pensamento e Vida

O homem pode ser considerado o pensamento que exterioriza, fomenta e nutre.

Conforme a sua paisagem mental, a existência física será plasmada, face ao vigor da energia direcionada.

O pensamento é a manifestação do anseio espiritual do ser, não uma elaboração cerebral do corpo.

Sendo o Espírito o agente da vida, nos intrincados painéis da sua mente se originam as idéias, que se manifestam através dos impulsos cerebrais, cujos sensores captam a onda pensante e a transformam, dando-lhe a expressão e forma que revestem o conteúdo e que se faz portadora.

O homem de bem, pensando corretamente como conseqüência da sua realidade interior, progride, adicionando forças à própria estrutura.

A criatura de constituição moral frágil, por efeito das suas construções mentais infelizes, envolve-se nas teias dos pensamentos perturbadores e passa a estados tumultuados, doentios.

Como resultado, conclui-se que o Espírito e não o corpo, é fraco ou forte, conforme o conteúdo dos pensamentos que elabora e a que se entrega.

O pensamento é força.

Por isso, atua de acordo com a direção, a intensidade e o significado próprios.

A duração dele decorre da motivação que o constitui, estabelecendo a constância, a permanência e o direcionamento do que possui como emanação da aspiração íntima.

O pensamento são os fenômenos cognitivos que procedem do ser real.

Pensa no amor; e te sentirás afável.

Cultiva a idéia do progresso, e terás estímulo para porfiar, logrando êxito nos empreendimentos.

Sustenta a idéia do bem, e descobrirás quão ditoso és como fruto do anelo vitalizado.

Se pensas no medo, ele assoma e te domina. Se dás atenção ao pessimismo, tornas-te incapaz de realizações ditosas.

Se te preocupas com o mal, permanecerás cercado de temores e problemas.

Se agasalhas as idéias enfermiças, perderás a dádiva da saúde

Tudo pode ser alterado sob a ação do pensamento.

Vibração que sintoniza com ondas equivalentes, o teu pensamento é o gerador das tuas ações, e estas, as modeladoras da tua vida.

Pensamento e vida, pois, são termos da equação existencial do ser humano.

Pensando na necessidade de ascensão, os heróis, os cientistas, os mártires, os educadores e os santos edificaram o mundo melhor, que ainda não alcançou o seu ápice, porque tu e outros ainda não vos convencestes de pensar bem, agindo melhor; para conquistardes a vitória sobre as paixões, a dor e a infelicidade.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Respostas à Pressa

Evite a impaciência. Você já viveu séculos incontáveis e está diante de milênios sem-fim.

Guarde a calma. Fuja, porém, à ociosidade, como quem reconhece o decisivo valor do minuto.

Semeie o amor. Pense no devotamento dAquele que nos ama desde o princípio.

Guarde o equilíbrio. Paixões e desejos desenfreados são forças de arrasamento na Criação Divina.

Cultive a confiança. O Sol reaparecerá amanhã, no horizonte, e a paisagem será diferente.

Intensifique o próprio esforço. Sua vida será o que você fizer dela.

Estime a solidariedade. Você não poderá viver sem os outros, embora na maioria dos casos possam os outros viver sem você,

Experimente a solidão, de quando em quando; Jesus esteve sozinho, nos momentos cruciais de sua passagem pela Terra.

Dê movimento construtivo, às suas horas. Não converta, no entanto, a existência numa torre de Babel.

Renda culto fiel à paz. Não se esqueça, todavia, de que você jamais viverá tranqüilo sem dar paz aos que pisam seu caminho.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

domingo, 3 de maio de 2009

Trabalhando

Quando estudamos a lição dos trabalhadores da última hora, nas páginas divinas do Evangelho, recordamos que, realmente, trabalhando, é possível alcançar todas as realizações que nos propomos atingir.

Trabalhando, o coração empolgado pelo desânimo, pode converter, de imediato, as trevas da amargura em claridades imperecíveis de alegria e esperança.

Trabalhando, a criatura frágil, se fortifica, pouco a pouco, dominando o campo em que respira, vive e cresce.

Trabalhando, a mente atacada pelo veneno do ódio ou da desesperação, encontra recursos para compreender as próprias lutas, com mais clareza, aprendendo a transformar revolta e fel em paciência e perdão.

Trabalhando, a alma isolada pela discórdia, pode surpreender a abençoada luz da harmonia e da paz, depois de longas noites de conflito e agonia.

Trabalhando, o mau se faz bom, o adversário se transforma em amigo, o infeliz atinge a casa invisível e brilhante do eterno júbilo.

Guardemos a palavra de Jesus e trabalhemos sempre na extensão do bem.

O livro ou tribunal, a enxada ou a semente aguardam nossos braços, tanto quanto os sábios e os ignorantes esperaram por nossa cooperação cada dia.

Fujamos as sombras densas e guerras escuras do nosso próprio "eu", devotando-nos ao serviço de Deus, na pessoa e nos círculos dos nossos semelhantes.

Plantando a felicidade dos outros, encontraremos a nossa própria felicidade.

Um anjo que se ponha a dormir num vale, tentado pelo perfume das flores efêmeras, pode repousar indefinidamente nas trevas, enquanto que o aleijado que se disponha a arrastar-se, sangrando o corpo e cobrindo-se de suor, na subida do monte, pode alcançar glória do cimo e banhar-se de sublimes clarões, antes dos que dormem, com graça divina da gloriosa alvorada...

Os últimos serão os primeiros - disse o Senhor!

Em verdade, será difícil a compreensão de semelhante ensino para nossa lógica habitual, entretanto, se vives servindo, compreenderás que o trabalho realmente pode operar o divino milagre.


Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Alma e Luz.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

sábado, 2 de maio de 2009

Casamento e Família

Diante das contestações que se avolumam, na atualidade, pregando a reforma dos hábitos e costumes, surgem os demolidores de mitos e de Instituições, assinalando a necessidade de uma nova ordem que parece assentar as suas bases na anarquia.

A onda cresce e o tresvario domina, avassalador, ameaçando os mais nobres patrimônios da cultura, da ética e da civilização, conquistados sob ônus pesados, no largo processo histórico da evolução do homem.

Os aficionados de revolução destruidora afirmam que os valores ora considerados, são falsos, quando não falidos, e que os mesmos vêm comprimindo o indivíduo, a sociedade e as massas, que permanecem jungidos ao servilismo e à hipocrisia, gerando fenômenos alucinatórios e mantendo, na miséria de vários matizes, grande parte da humanidade.

Entre as Instituições que, para eles, se apresentam ultrapassadas, destacam o matrimônio e a família, propondo a promiscuidade sexual, que disfarçam com o nome de "amor livre", e a independência do jovem, imaturo e inconseqüente, sob a justificativa de liberdade pessoal, que não pode nem deve ser asfixiada sob os impositivos da ordem, da disciplina, da educação...

Excedendo-se, na arbitrariedade das propostas ideológicas ainda não confirmadas pela experiência social nem pela convivência na comunidade, afirmam que a criança e o jovem não são dependentes quanto parecem, podendo defender-se e realizar-se, sem a necessidade da estrutura familiar, o que libera os pais negligentes de manterem os vínculos conjugais, separando-se tão logo enfrentam insatisfações e desajustes, sem que se preocupem com a prole.

Não é necessário que analisemos os problemas existenciais destes dias, nem que façamos uma avaliação dos comportamentos alienados, que parecem resultar da insatisfação, da rebeldia e do desequilíbrio, que grassam em larga escala.

A monogamia é conquista de alto valor moral da criatura humana, que se dignifica pelo amor e respeito ao ser elegido, com ele compartindo alegrias e dificuldades, bem-estar e sofrimentos, dando margem às expressões da afeição profunda, que se manifesta sem a dependência dos condimentos sexuais, nem dos impulsos mais primários da posse, do desejo insano.

Utilizando-se da razão, o homem compreende que a vida biológica é uma experiência muito rápida, que ainda não alcançou biótipos de perfeição, graças ao que, é frágil, susceptível de dores, enfermidades, limitações, sendo, os estágios da infância como o da juventude, preparatórios para os períodos do adulto e da velhice.

Assim, o desgaste e o abuso de agora tornam-se carência e infortúnio mais tarde, na maquinaria que deve ser preservada e conduzida com morigeração.

Aprofundando o conceito sobre a vida, se lhe constata a anterioridade ao berço e a continuidade após o túmulo, numa realidade de interação espiritual com objetivos definidos e inamovíveis, que são os mecanismos inalienáveis do progresso, em cujo contexto tudo se encontra sob impositivos divinos expressos nas leis universais.

Desse modo, baratear, pela vulgaridade, a vida e atirá-la a situações vexatórias, destrutivas, constitui crime, mesmo quando não catalogado pelas leis da justiça, exaradas nos transitórios códigos humanos.

O matrimônio é uma experiência emocional que propicia comunhão afetiva, da qual resulta a prole sob a responsabilidade dos cônjuges, que se nutrem de estímulos vitais, intercambiando hormônios preservadores do bem estar físico e psicológico. Não é, nem poderia ser, uma incursão ao país da felicidade, feita de sonhos e de ilusões.

Representa um tentame, na área da educação do sexo, exercitando a fraternidade e o entendimento, que capacitam as criaturas para mais largas incursões na área do relacionamento social. Ao mesmo tempo, a família constitui a célula experimental, na qual se forjam valores elevados e se preparam os indivíduos para uma convivência salutar no organismo universal, onde todos nos encontramos fixados.

A única falência, no momento, é a do homem, que se perturba, e, insubmisso, deseja subverter a ordem estabelecida, a seu talante, em vãs tentativas de mudar a linha do equilíbrio, dando margem às alienações em que mergulha.

Certamente, muitos fatores sociológicos, psicológicos, religiosos e econômicos contribuíram para este fenômeno. Não obstante, são injustificáveis os comportamentos que investem contra as Instituições objetivando demoli-las, ao invés de auxiliar de forma edificante em favor da renovação do que pode ser recuperado, bem como da transformação daquilo que se encontre ultrapassado.

O processo da evolução é inevitável. Todavia, a agressão, pela violência, contra as conquistas que devem ser alteradas, gera danos mais graves do que aqueles que se buscam corrigir. O lar, estruturado no amor e no respeito aos direitos dos seus membros, á a mola propulsionadora do progresso geral e da felicidade de cada um, como de todos em conjunto.

Para esse desiderato, são fixados compromissos de união antes do berço, estabelecendo-se diretrizes para a família, cujos membros se voltam a reunir com finalidades específicas de recuperação espiritual e de crescimento intelecto-moral, no rumo da perfeição relativa que todos alcançarão.

Esta é a finalidade primeira da reencarnação.

A precipitação e desgoverno das emoções respondem pela ruptura da responsabilidade assumida, levando muitos indivíduos ao naufrágio conjugal e á falência familiar por exclusiva responsabilidade deles mesmos.

Enquanto houver o sentimento de amor no coração do homem --- e ele sempre existirá, por ser manifestação de Deus ínsita na vida --- o matrimônio permanecerá, e a família continuará sendo a célula fundamental da sociedade.

Envidar esforços para a preservação dos valores morais, estabelecidos pela necessidade do progresso espiritual, é dever de todos que, unidos, contribuirão para uma vida melhor e uma humanidade mais feliz, na qual o bem será a resposta primeira de todas as aspirações.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Antologia Espiritual.
Ditado pelo Espírito Benedita Fernandes.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Oportunidade e Desazo

Queixas-te, amargurado, ante os problemas que se sucedem, considerando não teres sido aquinhoado com ensejos de ventura e triunfo de que outros se beneficiam.

As tuas hão sido lutas sem quartel, provocadoras de desatinos que te estiolam os propósitos de enobrecimento.

Os dias se sucedem cansativos debilitando as tuas fibras morais de tal modo que, mesmo emulado a uma salutar reação não te dispões concretá-la.

Paisagens cinzas, agitadas pelas tormentas desanimadoras constituem os horizontes do teu caminho.

Desaires e pessimismo são os estados d'alma que assinalam a marcha.

Outrora sonhavas; agora defrontas pesadelos.

Antes crias; ora te açoitam as dúvidas.

A princípio sorrias; depois sulcaste a face coma dureza de expressão.

Ontem o entusiasmo te esflorava as aspirações; hoje a visão da esperança recobre-se de amargura.

Atabalhoado com os resultados a que chegas, estás sem rumo e interrogas: "Que fazer?"

Só há uma opção: seguir adiante, colocando o sol d'alegria na penumbra das dores.

Nem tudo, porém, aconteceu, conforme te parece. Erras no conceito com que interpretas a vida, como te equivocaste nas atitudes assumidas.

Ideal e ação, palavra e vida são situações mui diversas. Imperioso discernir com lucidez para acertar com segurança.

Quando s concessões da juventude te exornavam o corpo, assumiste compromissos perniciosos e gastaste as energias no jogo ilusório do prazer imediato.

Nos períodos de paz esqueceste da elaboração de um programa de trabalho primoroso, entregando-te ao repouso, desconcertante.

Às aquisições significativas em formas de amizades, afeições, estudo, meditação, operosidade cristã, intercâmbio fraterno, preferiste outros valores... Natural que defrontes o vazio refertando o íntimo e as dificuldades tornando-se impedimentos por fora.

Expulsa a nuvem da queixa e oferta-te a bênção lenificadora de um ponderado reexame com nova disposição.

Sempre é hoje, o momento precioso para um recomeço santificando, assim, as horas que ainda terás. Não o proteles, arrimado à cruz inútil da autocomiseração. A oportunidade perdida, mesmo quando se repete, já não são as mesmas as circunstâncias e condições...

Era uma voz e um exemplo. Palavras felizes e atitudes superiores. Idealismo abrasante e dedicação integral. Amor insuperável e dever imperioso.

Com essas insígnias Jesus mudou as rotas do pensamento humano; não obstante sofreu as mais pérfidas humilhações que culminaram numa cruz de desprezo que Ele santificou e num tumulto vazio, como portal de incomparável liberdade para todos nós.


Franco, Divaldo Pereira.
Da obra: Celeiro de Bênçãos.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.